Olhado para a linha da minha vida, recordo que a primeira “semente missionária”caiu no meu coração quando tinha cinco anos. Os missionários foram à minha aldeia. Não me lembro de nada do que disseram nem quantos eram, mas recordo a figura simpática de um missionário barbudo, uma brincadeira que ele fez connosco e algumas imagens de um filme que ele mostrou (crio que era o “Herói de Molokai”)
Aos 12 anos, ainda no ciclo preparatório, um professor falou-nos de S. Francisco de Assis e contou a história do lobo que atormentava uma povoação, tendo sido o santo, um homem de paz e bem, que conseguiu “domar” a terrível fera.
Aos 13 anos entrei para o seminário diocesano de Leiria devido também por influência do meu professor de Religião e Moral e do meu pároco. Já no seminário, lembro-me que gostava muito de ler a Audácia, de modo particular as bandas desenhadas em que via as actividades dos missionários. A determinada altura andava eu próprio também a fazer as minhas bandas desenhadas com histórias que eu inventava inspirado pelas que lia. Depois as notas começaram a baixar e convenceram-me que era melhor deixar aquela “paixão”.
O bichinho ficou adormecido mas não morto. Quando terminei o 12º ano no seminário diocesano ainda coloquei a hipotese de mudar para um instituto missionário, desejo que partilhei com as pessoas mais próximas. Mas tanto os meus formadores como a minha família não acharam a ideia muito interessante...
(Continua no próximo post...)
In Edição especial Agência Ecclesia – Em Missão, Out '08
Texto: P. Vítor Mira
Foto: João Cláudio Fernandes
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