sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

ANA E MÁRIO ALMEIDA, SRA DO AMPARO – BENFICA – MISSÃO EM CASA, NA PARÓQUIA E NO TRABALHO - Conclusão


Missão em Benfica e em Lisboa

O Congresso Internacional para a Nova Evangelização (ICNE) mobilizou-os de alma e coração. E lá os vimos, muito empenhados, em Viena (2003), em Paris (2004) e em Lisboa (2005). Conta o Mário: ‘Vivemos outras realidades, outras culturas, partilhámos com outras pessoas o que é ser Igreja, comungámos as diversas experiências de vida, que cada um dos participantes levava e aprendemos várias maneiras, umas simples, outras mais complexas (dependendo da realidade vivida) de abrir a porta a Cristo’.

Na Sra do Amparo, ambos pertencem à Irmandade, ele é Ministro Extraordinário da Comunhão, ela é a secretária do Secretariado Permanente do Conselho Pastoral da Paróquia, em tempo de festa porque a Igreja celebra 200 anos: ‘sinto que estou ao serviço de Deus através da dinâmica paroquial, com todas as minhas limitações, mas acima de tudo com grande disponibilidade para aceitar a Missão que Deus me confia’.

À espera do Vasco

A vida em Família enche-lhes as medidas: ‘Como casal, o casamento é vivido diariamente. Lançámos a primeira pedra e depois vai-se construindo dia após dia. Como se fosse um grande edifício, umas mais pequenas outras maiores mas em que cada pedra é colocada em perfeita harmonia’.

Vivem tempos de Advento que, através dos mails, partilham com a família e os amigos: ‘aguardamos a chegada do nosso bebé. É o Vasco. Este nascimento é uma bênção nas nossas vidas. Estamos a viver cada momento como se ele já estivesse fora da barriga da mãe. Mais ansiosos estão os nossos familiares e amigos, que não param de perguntar “quando é que nasce? ou “ainda falta muito?’ – confessa o Mário.

A Missão continua no dia a dia: ‘Nos locais que frequentamos, no trabalho, entre os colegas, na rua com as pessoas, nos transportes públicos, na paróquia, na família, entre amigos tentamos anunciar a Boa Nova, de uma maneira mais prática, com exemplos da nossa pouca experiência de vida que temos e vivemos’.

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: JCF

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

ANA E MÁRIO ALMEIDA, SRA DO AMPARO – BENFICA – MISSÃO EM CASA, NA PARÓQUIA E NO TRABALHO


Apresentaram um Festival da Canção. Empenharam-se na Catequese e na Pastoral Juvenil. Envolveram-se no ICNE. Casaram. Ele é Ministro Extraordinário da Comunhão. Ela é do Conselho Pastoral da Paróquia. Este 2010 será ser um ano em grande, porque o Vasco vai nascer.

Ela e Ele

Ela, a Ana, nasceu em Lisboa, cresceu num ambiente de Fé, caminhou até ao Crisma na Paróquia de N. Sra do Amparo -Benfica, aceitando o convite para ser Catequista: ‘aconteceu em 1990 e já lá vão 19 anos, com muitas experiências boas, alguns obstáculos pelo caminho, mas sempre com uma grande alegria de transmitir os bons valores cristãos’. Engenheira Civil, alia a sua Profissão à sua condição de cristã convicta.

Ele, o Mário, entrou na catequese muito tarde, mas recuperou bem o tempo perdido. Depois, foi Catequista: ‘Quando entrei para os Jovens Sem Fronteiras, aprendi tanta coisa que tive a necessidade de transmitir aos outros. A “sementinha” que transportava comigo, fazia-me sentir que, tinha de partilhar e anunciar aos outros e escolhi, ou melhor, escolheram-me para trabalhar com os jovens a partir do 7º ao 10º Catecismo’.

Eles

Encontraram-se na Missão no mundo dos jovens. Ele, como Jovem Sem Fronteiras: ‘Pertencer a esta grande família fraterna e solidária, é um dos meus grandes motivos de orgulho, pelo qual fiz amizades para toda a vida, partilhei um pouco de mim próprio e recebi muito que me valorizou como ser humano e como uma pessoa que sou hoje. Cada reunião do grupo era uma descoberta, as noites de oração na Capela das Amoreiras essenciais na espiritualidade, os retiros JSF fortaleciam a nossa fé, todos os encontros dos grupos JSF (Nacional) vivendo em comunhão do movimento, as férias missionárias no Alentejo pondo em prática as nossas acções, as campanhas de sensibilização e angariação de fundos e os cargos que ocupei no grupo’.

Ela, no Secretariado Paroquial da Pastoral Juvenil: ‘Na paróquia iniciei, conjuntamente com um seminarista, um grupo com alguns jovens que fizeram o Crisma, e que foi muito importante nos dois anos que tivemos juntos, pois todos crescemos’.

O empenho era total, iam a todas desde que de missão entre os jovens se tratasse. E há coisas que não acontecem por acaso: A Ana Teresa e o Mário foram os apresentadores de um Festival da Canção em Benfica, em 1992. Depois, foi só fazer crescer este Amor que os levou ao altar em 1999.

(CONTINUA NO PRÓXIMO POST...)

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: JCF

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ANTÓNIO LEITE, VERBITA, MISSIONÁRIO NA ARGENTINA – MISSÃO DOS ANDES A LISBOA - Conclusão

Missão na Cidade-Berço

Guimarães recebeu-o de braços abertos. Lá esteve um ano, até seguir para Roma onde fez estudos de Missiologia na Universidade Gregoriana. Regressou a Guimarães onde esteve seis anos em Animação Missionária, que o marcaram muito: ‘Se pudesse, gostaria de destacar a relação com o clero local. Ainda hoje mantenho, em parte, essa boa relação. Uma relação muito especial ainda com o Seminário Maior de Braga, onde tenho algumas aulas de missiologia. E, naturalmente, que continuo com alguma relação com certas comunidades (ainda há dias estive quase uma semana em S. Torcato, Guimarães). Há muitas e bonitas coisas que fui descobrindo na Igreja de Braga’.

Finalmente, Lisboa...

Lisboa esperava-o em 2007 como Superior da Comunidade de Formação e Provincialato. Colabora na Paróquia do Prior Velho, sendo o Delegado da Vigararia II para a Animação Missionária. Tem participado em Semanas Missionárias e aceitou, desde que chegou, pertencer ao Sector de Animação Missionária do Patriarcado. A Missão continua em Lisboa...

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: JCF

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ANTÓNIO LEITE, VERBITA, MISSIONÁRIO NA ARGENTINA – MISSÃO DOS ANDES A LISBOA


A altitude de Jujuy, na Cordilheira dos Andes, deu-lhe pulmões para uma Missão de muita persistência e resistência. Simples e directo no trato e na palavra, o P. António Leite é formador de futuros Verbitas e animador missionário onde for convidado a intervir. Córdoba, Santa Fé, Jujuy, Roma, Guimarães e Lisboa são as estações de uma Via-Sacra Missionária deste homem de Deus que pertence a uma Congregação que trabalha há 60 anos em Portugal.

Das terras de Basto...

Santa Tecla, em Celorico de Basto viu-o nascer há 49 anos. Entrou no Seminário dos Verbitas, em Guimarães e a sua caminhada até à Ordenação (1986) não parou mais. Fez os estudos de Filosofia e Teologia na Universidade Católica em Lisboa.

Nomeado para a Argentina, foi antes a Espanha preparar-se para enfrentar os desafios de uma nova língua. E partiu...

A paixão pela Argentina

Estava quase a cair o Muro de Berlim quando, em 1989, o P. Leite levantou voo rumo a Buenos Aires. Conta como foram os primeiros tempos de Missão: ‘vivi o primeiro ano num dos bairros do subúrbio da cidade de Córdoba, a maior depois da capital. Era a altura da chamada hiper-inflação (quando cheguei o dólar estava a 66 austrais (moeda da altura) e passado um ano 1 dólar já valia 10.000 austrais). Até que, tal como noutros países, teve que mudar a moeda’.

De Córdoba partiu para a Província de Santa Fé, região de planícies e grandes extensões e, mais tarde, rumou para o extremo norte do país, lá na fronteira com a Bolívia e com o Chile: a Província de Jujuy. Partilha: ‘Foram os melhores anos da minha vida: desafio cultural, religioso, físico… pois estava na Região dos Andes, de grandes altitudes. Vivíamos a 2.000 mts e daí subíamos até quase aos 4.200 mts, percorrendo a montanha para a visita a pequenas comunidades dispersas. Lá só se podia chegar a pé ou a cavalo, andando horas e horas!. O Povo Kolla que, tal como outras populações indígenas, foi posto à margem. Foi o tempo de caminhar com um tipo de Igreja profundamente laical. Algumas comunidades eram visitadas pelo sacerdote, uma ou duas vezes por ano. E, no entanto, essas mesmas comunidades, convocadas pelo seu animador, reuniam-se semanal ou quinzenalmente à volta da Palavra. Recordo, entre tantos aspectos, que uma animadora de comunidade aprendeu a ler com a Bíblia na mão. E, mais tarde, era ela a convocar a comunidade’.

Foram tempos difíceis a acompanhar um povo excluído. O Padre via-se envolvido nas lutas pela sobrevivência e pelos direitos humanos. Tentava entrar na cultura destes povos, perceber os seus ritos e símbolos. Acompanhava as comunidades na sua luta pela terra. Aprendia a escutar o silêncio das montanhas!

Partilha, com dor, o que foi viver a morte do pai longe da família: ‘possivelmente dos momentos mais fortes dos meus anos na Argentina’.

Após dez anos de intensa e feliz Missão, regressou a Portugal, não sabendo bem se lhe custou mais deixar Portugal em 1989 ou a Argentina em 1998.

(CONTINUA NO PRÓXIMO POST...)

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: DR

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

ANTÓNIO MOREIRA, MISSIONÁRIO EM ANGOLA – MISSÃO NUM PAÍS DE CONTRASTES - Conclusão


Tudo arrasado

O calvário continuou. O P. António Moreira foi levado para o Huambo onde chegou com uma magreza que o tornava irreconhecível. Seguiu num voo da Caritas para Luanda, sendo evacuado depois para Portugal onde se tratou e ...pouco tempo depois, regressou ao Kuito donde nunca mais saiu....

O Paço Episcopal, onde residia com o Bispo, ficou queimado. Nenhum documento da Diocese de salvou. Um crime contra a história. A cidade teve a mesma ‘sorte’. Quase tudo foi destruído e o que sobrou foi pilhado. Quando as pessoas regressaram a casa, encontraram o lugar dela e pouco mais. O Kuito tornou-se uma ‘cidade fantasma’, como as televisões do mundo inteiro mostraram, quando puderam lá chegar os primeiros jornalistas.

O tempo foi passando, o povo foi recuperando, as estruturas estão a ser reabilitadas, a Igreja está viva e muito interveniente numa era marcada pela reconstrução, a começara pela reconstrução dos corações.

Progresso e contrastes

A guerra acabou, os tempos são outros: ‘Angola está a passar pelas transformações mais rápidas e profundas de toda a sua História. É a construção de vias rápidas de comunicação, como estradas e caminhos-de-ferro; o apetrechamento e modernização de aeroportos; a construção de hospitais, postos de saúde; a implantação de Universidades e Escolas’. Mas há contrastes gritantes. O P. António partilha: ‘Eu trabalho numa Missão que está perto da cidade do Kuito. Esta Missão serve umas dezenas de aldeias, onde os habitantes vivem nas mesmas condições que viviam há umas dezenas de anos atrás. Sem estradas boas, com casas rudimentares, meios de cultivo tradicionais. Saio da Missão, chego ao aeroporto da cidade, onde encontro um aeroporto novo, moderno, com uma pista de quase 3 kms de comprimento onde aterra, 3 vezes por semana, um boing 737 que leva uns 150 passageiros. As pessoas que o frequentam fazem-se transportar em bons automóveis. Na cidade, há ruas bem asfaltadas mas, nos bairros, continuam as ruas cheias de buracos, com lama por todos os cantos, onde às vezes é difícil de passar’.

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: DR

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

ANTÓNIO MOREIRA, MISSIONÁRIO EM ANGOLA – MISSÃO NUM PAÍS DE CONTRASTES

O Pe. António Moreira está em Angola há quase 50 anos. Conta o drama do ‘Cerco do Kuito’ (1993) e a forma como Angola enfrenta os novos tempos. O Campeonato Africano de Futebol não conseguiu esconder a injustiça social num país marcado pelo fosso abissal entre ricos e pobres, a instabilidade em Cabinda e as polémicas em torno da eleição presidencial. O P. António partilhou sábado em Óbidos a riqueza desta Missão por terras de Angola.

De Sernancelhe ao Bié

Sernancelhe, na Diocese de Lamego, foi a terra que o viu nascer em 1937. Passou por diversos Seminários Espiritanos até ser Ordenado Padre em 1961. Estava a guerra colonial a rebentar quando chegou a Angola. Dividiu os seus quase 50 anos de Padre e de Missionário em Angola, pelas Dioceses do Huambo e do Kuito-Bié, no planalto central de Angola.

Até 1974, trabalhou sempre no interior, numa missão de promoção dos angolanos, ajudando a formar muitos dos que hoje são os quadros mais influentes da política, da economia e da cultura em Angola.

Tudo de complicou com a guerra civil. Decidiu ficar, por qualquer preço e partilhar a sorte e a má sorte de um povo que os combates iam martirizando.

Os últimos 25 anos viveu-os no Kuito-Bié (ex-Silva Porto), terra por onde a guerra passou e arrasou.

Kuito 1993

O ano 1993 foi de tragédia. A cidade esteve cercada e bombardeada quase um ano inteiro: ‘começaram os flagelamentos indiscriminados sobre a cidade a 6 de Janeiro. Em Agosto, o espaço ocupado pela tropa do governo era extremamente reduzido. O Paço Episcopal, onde eu permaneci, estava à beira da rua principal da cidade. Muitas pessoas morreram de fome, em minas e rebentamentos. O Kuito foi sendo reduzido a escombros, onde se refugiavam as pessoas. Algumas partes do Paço arderam. Nele estavam refugiadas cerca de 80 pessoas, incluindo o Bispo e seus Missionários. Às 5 da manhã do dia 21 de Agosto, as tropas entraram da UNITA entraram com toda a violência e tiraram de lá, à força, o Bispo e o pessoal missionário. Levaram-nos a todos para uma base de mato e, dali, seguimos para a Missão do Chinguar’.

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: DR

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

PAULO ROCHA, PAI, TEÓLOGO E JORNALISTA – MISSÃO PELAS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO - Conclusão


A Missão pelos media

A Agência Ecclesia, sobretudo a sua expressão digital, constitui os alicerces para todas estas presenças mediáticas: ‘porque é para a Agência Ecclesia que são enviadas - e bem – informações acerca do que vai acontecendo na Igreja Católica em Portugal, nas estruturas centrais ou nos grupos locais; e é a partir dos seus serviços que se difundem esses acontecimentos. A Agência Ecclesia desempenha assim, um papel de “pivot” onde chega a informação de diferentes remetentes; e a partir da qual se divulgam todas as notícias e acontecimentos’.

Sobre a Missão hoje, Paulo Rocha, licenciado em Teologia, tem convicções: ‘As páginas do Evangelho anunciam-se, nos dias hoje, também nos meios de comunicação social. Nalguns sectores da sociedade, eles terão mesmo um papel fundamental para fazer chegar a proposta do cristianismo a públicos que não se abeiram de outros púlpitos’.

Missão em casa

Casou com a Pilar em 19.... Lá por casa - conta o Paulo - ‘vivem-se os anos de crescimento da Mariana (9 anos) e do Miguel (6), na formação escolar, humana e cristã. Com uma grande ajuda, a que é dada com a comunidade educativa do Colégio S. Vicente de Paulo, com a qual colaboro em diferentes níveis. Também por opção, é nas iniciativas que giram em torno da comunidade educativa que nos vamos encontrando, também familiarmente, e que procuramos deixar o nosso contributo’.

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: DR

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

PAULO ROCHA, PAI, TEÓLOGO E JORNALISTA – MISSÃO PELAS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO

É um rosto que vemos na televisão. A comunicação está-lhe no sangue e acumula funções: Director da Agência Ecclesia; Editor Executivo do Programa Ecclesia e do Programa 70x7, na RTP2; Secretário da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais. Formado na Escola Dehoniana, casado e com dois filhos, a sua Missão começa em casa e no Colégio onde a Mariana e o Miguel crescem.

De Melres aos Dehonianos

Dos tempos de infância e juventude, em Melres, nos limites de Gondomar com Penafiel e Paredes, o Paulo recorda o ambiente rural em que sempre gostou de viver e que continuamente o prende à terra natal, na margem norte do Douro. Sem esquecer o ambiente genuinamente familiar em que foram acostumados a viver, os 5 irmãos, com pais e avós…

Entrou no Seminário dos Dehonianos no 7º ano: ‘Quando fui convidado para analisar a formação que aí se recebe, por ocasião de um encontro de antigos alunos de seminários, comparei a formação nos seminários ao sistema operativo dos computadores: não realiza nenhuma tarefa, mas é indispensável para nele ‘correr’ um conjunto de programas, de acordo com a operação pretendida. Hoje numa actividade profissional, creio que os anos de seminário ajudaram a construir esse ‘sistema operativo’ onde hoje ‘correm’ competências entretanto adquiridas. No caso, no jornalismo’.

Da TVI ao mundo ‘Ecclesia’

Entrou para a TVI em 1993, abrindo de par em par, as portas do mundo da comunicação social. Dali passou à Agência Ecclesia (1996) e, no ano seguinte, ao Programa Ecclesia, na RTP2, produzido pela Logomedia: ‘Um projecto lançado por uma equipa da qual fiz e faço parte, com muito gosto… Porque se tratou, e trata, de criativamente falar do que a Igreja Católica é e faz através da comunicação televisiva. Uma tarefa sempre nova, sempre aliciante, porque em constante recomeço. Cada programa tem de ser novo, único. Estamos, quase sempre, a começar do zero! ‘.

Desde o início de Novembro, está no ar, na Antena 1, um programa de Rádio com o mesmo nome, a mesma grelha de distribuição de programas pelas mesmas confissões religiosas e o mesmo espírito: ‘Agora num meio diferente, com possibilidade de realizar uma comunicação diferente e de chegar a novos públicos. No que diz respeito ao programa da Igreja Católica, tentamos mostrar testemunho de pessoas ou comunidades onde acontece o Evangelho, onde se vive positivamente o cristianismo’.

Estes dois programas ancoram-se noutros, mais maduros: o 70x7, há 30 anos em emissão na RTP2, e a Agência Ecclesia, assim “baptizada” desde 1994 e com outras denominações já desde os anos 60.

(CONTINUA NO PRÓXIMO POST...)

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: DR

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

LUCINDA ANTUNES DA ROCHA, GESTORA – MISSÃO EM NAMUTEQUELIUA - Conclusão

Finalmente, Moçambique

Partimos em Setembro de 2003 rumo a Moçambique. A viagem foi longa até ao Bairro de Namutequeliua, um bairro pobre perto do aeroporto de Nampula. Lá encontrou uma vida comunitária cristã muito activa, com diversos grupos de jovens e adultos.


O principal trabalho era o desenvolvimento de uma biblioteca comunitária, dada a necessidade extrema que se vive de falta de livros, espaço de estudo, acompanhamento escolar... Mas a Missão não morreu entre livros e outros papéis. Com a minha irmã, trabalhei na escolinha com crianças até aos 5 anos, que foi criada de raiz. E, claro está, investi muito na pastoral da Paróquia. Foi uma experiência fortíssima que a marcou para o resto da vida

Regressou a Portugal em Maio de 2004, convencida de que a Missão continua: ‘Hoje mantenho-me ligada às Irmãs, que continuam a enviar missionários para onde precisam, e a apoiar o grupo de Jovens Missionárias da AM’

O preço do regresso

Mas o regresso ao ritmo europeu custou muito à Lucinda. Teve de procurar novo emprego, luta que lhe levou dois anos a ganhar, pois só em 2006 conseguiu alguma estabilidade, quando conseguiu trabalho na empresa onde se mantém: ‘Foi um período difícil de algumas mudanças de trabalho e alguns períodos de desemprego, mas sentia-me confiante pois lembrava-me sempre das palavras do apóstolo: Deus concorre sempre para o bem daqueles que o amam. E, Deus não me deixou. Apesar das dificuldades, sempre tive coragem e a força do Espírito que me animava a procurar e a ter paciência para esperar’.

Casou em 2008 com o Zé, na Capela da Casa Provincial das Irmãs da Apresentação de Maria, em Palmela. Aguarda que a Clarinha veja a luz do dia em Janeiro. A sua vida continua a assentar nesta questão: ‘Deus pede a todos esta audácia e coragem, porque não ousar e ir mais além?!’.

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: DR

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

LUCINDA ANTUNES DA ROCHA, GESTORA – MISSÃO EM NAMUTEQUELIUA

O nome é esquisito. Não o da Lucinda, mas o da terra onde foi parar, enviada em Missão. Fica no norte de Moçambique, na Província de Nampula, terra onde esta Leiga Voluntária partilhou dias felizes com um povo pobre mas acolhedor, de Setembro de 2003 a Maio de 2004.

De regresso a Portugal, a Missão continua na Paróquia, na família que constituiu (a Clarinha vai nascer em Janeiro) e no trabalho de gestora.

Tudo começou...em Samora Correia

Tudo começou (ou continuou) em 2002 quando a Lucinda conheceu as Irmãs da Apresentação de Maria, em Samora Correia. Tinha acabado o curso de Gestão no ano 2000 e estava a trabalhar, efectiva, como responsável de uma loja na Sonae. Era catequista e caminhava no grupo de jovens. Começou a participar em encontros e retiros e a Missão desenhava-se já na linha do horizonte: ‘Desde que comecei a desenvolver a consciência da importância de servir os outros como Cristã, e de como esse papel é fundamental para a afirmação da nossa fé como seguidores de Cristo, a ideia de ter uma experiência de entrega total aos outros começou a ganhar forma e raízes dentro de mim’.

Não tinha ideia de onde nem como, mas a Lucinda sentia uma enorme força que a ‘obrigava’ a partir e partilhar o que era e o que sabia com quem mais precisava. Moçambique foi a porta que se lhe abriu em primeiro lugar e ela decidiu aceitar o desafio, remando contra ventos e marés e correndo enormes riscos: ‘Sentir o amor de Cristo assim tão profundamente em nós faz-nos querer cometer loucuras, mas saudáveis loucuras de amor, de caridade.! E a minha loucura, foi despedir-me de um emprego muito estável, cheio de regalias e partir para Moçambique. Era o meu primeiro emprego depois de sair da universidade e seria promissor no futuro, mas assim que surgiu esta oportunidade, nem pensei, pois já esperava por ela. Disse que sim!’

As Irmãs da Apresentação de Maria

E partiu, respondendo ao apelo da Irmã Provincial da Congregação que, num encontro de jovens, no Dia Missionário Mundial de 2002, pediu dois voluntários que quisessem disponibilizar um ano das suas vidas. A resposta saiu em família: ‘o ‘sim’ veio de mim e da minha Irmã Cátia que, mais tarde, decidiu entrar nesta Família Religiosa’.

Convocadas para a missão, as duas manas preparam-se. Mais que exteriormente, a preparação foi interior. Fizeram a Formação da Fundação Evangelização e Culturas e continuaram a beber da fonte da espiritualidade das Irmãs: ‘ Elas cativaram-me com a história da sua fundadora, a Beata Madre Maria Rivier, que foi uma mulher audaz, cheia de fé para quem não existia impossíveis. O exemplo dela seduziu-me e eu queria ser assim’.

(CONTINUA NO PRÓXIMO POST...)

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: DR

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

FERNANDA RAMALHOTO, GRUPO ‘DIÁLOGOS’ – DO DIREITO À MISSÃO - Conclusão

Ousar partir...

A Missão, aqui e lá fora, continua a marcar a vida da Fernanda e do ‘Diálogos’. Acaba de regressar de Angola, terra onde nasceu e onde realizou já quatro Missões de Voluntariado. Mas também intervém em Portugal: ‘participei, em vários projectos de voluntariado missionário em Portugal: trabalhamos com pessoas portadoras de deficiência, com idosos e com jovens. Mas já fui até Angola (por 4 vezes e sempre durante o meu período de férias do trabalho), trabalhando, sobretudo, na animação de crianças e jovens, na promoção da família e do papel da mulher na sociedade. E em Angola tenho vivido das melhores experiências de partilha de vida, em locais onde a pobreza de bens materiais é uma constante, mas onde a simplicidade, a humildade, a generosidade e alegria se revelam a verdadeira riqueza da humanidade’.

Esclarecendo melhor, a Fernanda participou numa Páscoa Jovem em Castro Verde (organizada pelos Institutos AdGentes), concretizou três experiências de voluntariado no Centro de deficientes profundos João Paulo II, em Fátima, colaborou no projecto de Apoio escolar a jovens na paróquia do Prior Velho, bem como no Projecto ‘caminhos e sorrisos’ (animação de crianças e jovens do bairro da Quinta do Mocho, Sacavém). Em Angola, integrou o Projecto ‘Abrir Caminhos’ que a levou, com outros jovens, a Kifangondo (2003), Nzeto e Tomboco (2006), Nzeto (2007) e Cacolo (2009).

Missão em Lisboa

É membro da direcção do Centro Social e Paroquial de S. Brás e aceitou o convite para integrar o sector de Animação Missionária, onde marca sempre presença e onde todos os outros membros sentem a força das suas intervenções e compromissos. Tudo por razões de Fé: ‘Acredito, tal como dizia S. José Freinadmetz que “o Amor é a única linguagem que todos entendem” e é em nome do Amor que tenho partido, para mais perto ou mais longe geograficamente, mas sempre de mim mesma ao encontro do outro’.

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: DR