Por Roma a Portugal
A saída de Moçambique para Roma aconteceria só em 1986, com dois objectivos claros: fazer um curso de Missiologia e Catequese na Universidade Urbaniana e, depois, entrar na Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres. Roma foi espaço de abertura de horizontes: “Este tempo em Roma foi gratificante para mim, não tanto pela formação, mas pelo contacto com uma Igreja diferente, pelo contacto com o mundo, culturas diferentes, experiências diversas, enfim… era tudo tão diferente!”.
Roma abriu as portas de Portugal para a Tassy. Foi cá que entrou na Congregação, em 1989, professando em 1992. Depois, percorreu diversas comunidades, de norte a sul do país. Mudava a geografia e o trabalho, mas a Missão era a mesma.
Sente-se feliz e missionária em Portugal.
Os riscos da Missão aqui
E lança um alerta à Igreja em Portugal: “Cá, temos que lutar contra os extremos: antes, apresentava-se a missão como o ir para lá e, agora, o discurso acentua demasiado a missão cá dentro. É verdade que a Missão é cá e lá, e podemos participar da Missão de muitas formas, mas o “PARTIR” será sempre resposta ao envio que Jesus faz e a Igreja espera a disponibilidade de alguns para ir aonde ela ainda não é conhecida”.
Gosta de percorrer as comunidades cristãs de Portugal para falar da Missão e tem um fascínio especial pelos jovens, com quem partilha grandes momentos de Evangelização.
Sempre a sorrir...
O seu país continua, é claro, no coração. A Irmã Tassy está feliz pelo caminho que percorreu nos 16 anos de paz. Acha que a Igreja está ali a amadurecer, a cimentar-se. Continua a precisar do apoio de Missionários e de algum apoio a projectos de desenvolvimento e solidariedade.
É Vigária-Geral, em Lisboa, e vai ficar em Portugal enquanto for útil e necessário. Mas o fascinante na vida da Irmã Tassy é o seu permanente sorriso, bem rasgado e bem africano, a mostrar uma alegria que contagia. E a Missão precisa destes rostos e destes sorrisos.
Texto: Tony Neves in Jornal Voz da Verdade - Perfil
Foto: DR
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