sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

BOAS FESTAS - SANTO NATAL!



"Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade" (Lc.2, 14)

Uma estrela diz ao mundo: é NATAL! É JESUS que nasce! Deus torna-se um de nós!

É no calor humano do teu coração que o Menino-Deus quer nascer de novo.

As Obras Missionárias Pontifícias desejam-lhe, bem como a toda a família, um FELIZ E SANTO NATAL e um NOVO ANO repleto das mais abundantes bênçãos de Deus.

O Director Nacional

O Secretário


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

IRMÃ GLÓRIA LOPES, ESPIRITANA: UMA PAIXÃO INDOMÁVEL PELA MISSÃO. - Conclusão


De Braga a Cabo Verde…

Regressou a Portugal em 1994. Fez a sua Profissão Perpétua e foi nomeada para Braga. Ao longo de dez anos, trabalhou e estudou. Fez o curso de Teologia na Universidade Católica. Quando o terminou, estava outra vez de malas feitas para regressar a Angola, mas seria enviada para Cabo Verde. Outra nova frente de Missão se abria na linha do seu horizonte de missionária sem fronteiras.

Chegou à grande Paróquia de Santa Catarina em 2004. Encontra um povo simples, com muita fé e grande vontade de crescer no conhecimento de Deus. Ali não tem mãos a medir, apostando na formação dos Catequistas, catequizandos, Leitores. Colaborou ainda na Formação de Catequistas noutras Paróquias da Ilha de Santiago, bem como na Formação Teológica das Noviças da Congregação ao longo dos dois anos de Noviciado.

Missão em Portugal

Quando tudo parecia correr de vento em popa, as Superioras pedem-lhe um trabalho para o qual nunca pensara ser convidada: Economato Provincial. Assim, regressa a Portugal em 2007, assumindo este cargo em 2008. A grande vantagem desta nova Missão é que está em contacto permanente com todas as Irmãs que estão na linha da frente. Sente-se Espiritana porque “a Irmã Missionária do Espírito Santo, procura responder na Fidelidade aos apelos do Senhor, por isso não escolhe, não pede, mas acolhe e vive a missão ao jeito de Jesus, o primeiro Missionário do Pai, nas pegadas de Eugenie e de Libermann”.

Mas não só de contas se faz o dia-a-dia desta Espiritana. Está empenhada na Pastoral da sua Paróquia (Cruz Quebrada), no Voluntariado Espiritano e na formação e acompanhamento de jovens. No próximo fim-de-semana, na Casa de Saúde do Telhal, vai falar da Oração e ‘pôr a rezar’ oito dezenas de Animadores dos Jovens Sem Fronteiras vindos de todo o país.

Ir onde ninguém quer…

Hoje, as Espiritanas estão presentes na Europa, América e África e preparam-se para, em breve, irem para a Ásia, abrindo uma Missão nas Filipinas. Parece um risco grande em tempo de crise, mas há que ousar porque como conta a Irmã Glória, “as Espiritanas têm sempre presente o objectivo de ir aos lugares onde ninguém ouviu falar de Jesus Cristo. Nas palavras do padre Libermann, somos chamadas/os a ser os ‘farrapeiros’ da Igreja, a ir onde mais ninguém quer ir”.

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade – Perfil

Foto: JCF

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

IRMÃ GLÓRIA LOPES, ESPIRITANA: UMA PAIXÃO INDOMÁVEL PELA MISSÃO.


Nasceu no Porto, formou-se em Braga e trabalha em Lisboa. Angola acolheu-a nos anos quentes da guerra civil. Cabo Verde foi terra de Missão com a aposta na formação teológica de líderes. Actual Ecónoma Provincial, privilegia o contacto com as Irmãs da linha da frente. Apoia a catequese da sua Paróquia, dedica-se à pastoral juvenil e à formação de futuros Voluntários Missionários.

De Paredes às Espiritanas

Nasceu em Paredes (Diocese do Porto), cresceu numa família cristã, em dia de Santo António. O Crisma, aos 17 anos, marcou uma viragem no seu compromisso na Paróquia. Aos 18 anos, após ter conhecido as Missões através das revistas dos Combonianos (Audácia e Além-Mar), decidiu enfrentar o pai e dizer-lhe: ‘Eu quero ser Missionária em África’.

As suas ideias começariam a mudar num retiro que fez aos 21 anos, mas serão as Irmãs Espiritanas quem a marcariam para sempre. Após longa caminhada de discernimento, entrou na Congregação em 1983, iniciando a sua formação religiosa de Postulantado e Noviciado. A primeira Profissão Religiosa aconteceu em 1987, podendo alcançar um dos seus grandes objectivos em 1991: estava de malas feitas e pronta para partir rumo à Angola dos seus sonhos.

Angola, em tempo de guerra…

Angola era um país em plena guerra civil e Luanda viveu, no terrível ano de 1992, uma terrível chacina que marcariam para sempre o coração da Irmã Glória. Ali vive três intensos anos de Missão, o seu ‘primeiro amor’ como gosta de partilhar com um brilho especial nos olhos. A sua actividade pastoral é vivida nas periferias pobres da capital, com Catecúmenos e Catequese de Adultos. Confessa: “Foi um tempo denso. O meu coração ficará marcado para sempre pelo calor daquele povo irmão”.

(CONTINUA NO PRÓXIMO POST…)

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade – Perfil

Foto: JCF

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

DIANA E RUI, LEIGOS MISSIONÁRIOS DA CONSOLATA – UMA MISSÃO EM FAMÍLIA ENTRE LISBOA E GUIÚA - Conclusão


Missão em Guiúa...

Casaram em partiram em 2008. No site www.entrepovos.pt.to foram contando as experiências vividas no quotidiano de uma Missão pobre do interior de Moçambique. De rajada, o Rui explica onde passaram, com tanta felicidade e tanto trabalho, estes dois anos de Missão: Jardim-Escola, Aulas de Informática, Centro de Saúde e Maternidade, Apoio na catequese paroquial, apoio no Centro Catequético da Diocese, Construção do novo edifício Biblioteca-Escolinha, Site do IMC Moçambique – produção do site e material multimédia, vídeos etc. (www.consolatamz.com) e Apoio na nova revista missionária em Moçambique (Caminhos – um horizonte Missionário Está no site do IMC de Moçambique) ‘. Muito trabalho, muita alegria, muito crescimento na Fé e na Missão.

Dor e alegria na despedida...

Viver em Missão com o povo cria laços que, na hora da despedida fazem doer o coração. Foi assim na Escolinha do Guiúa, a 10 de Junho: ‘ Foi uma manhã emocional na escolinha. Chegado o dia, tirámos muitas fotos, demos muitos abracinhos, distribuímos uns rebuçados, e no fim, depois da papinha, por muito que explicássemos que já não voltaríamos à escolinha, eles despediram-se com um "tá tá (Adeus) e até amanhã!" ‘.

Balanço na hora do regresso...

Na hora de abandonar Moçambique, a dor não abafou a alegria de uma Missão cumprida e feliz:

Quando chegámos, há quase dois anos, vínhamos prontos para dar e dar e dar. Agora temos a noção que recebemos infinitamente mais do que o que demos. Todo o acolhimento, todo o respeito, toda a compreensão, toda a calma, toda a amizade, toda a paciência ... enfim, deram aquilo que de melhor têm.

Temos a sensação que temos os olhos cheios, vimos tantas coisas, pessoas, paisagens, acontecimentos, realidades ...umas bonitas, outras menos bonitas. E temos a consciência que nos vamos sentir tristes quando quisermos explicar o que vivemos, e não conseguirmos expressar por palavras tudo o que os nossos olhos viram, o que os nossos corações sentiram e o que os nossos cérebros pensaram. Mas foi real! Foi a realização de um sonho, e foi uma resposta ao nosso "Dadani", ao nosso Pai do Céu, pois em cada momento Ele esteve connosco a dar-nos força, ânimo. Nós estivemos no Guiúa, vivemos o dia a dia com as pessoas do Guiúa, vivemos tudo o que isso acarreta. Voltamos para a nossa família, mas uma parte de nós ficará sempre no Guiúa, em comunhão pela oração.

A Missão continua em Portugal, mas podem ver os relatos de Guiúa em www.entrepovos.pt.to


Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: DR

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

DIANA E RUI, LEIGOS MISSIONÁRIOS DA CONSOLATA – UMA MISSÃO EM FAMÍLIA ENTRE LISBOA E GUIÚA


A Igreja celebrou, em Outubro, o Dia Mundial Missionário. A Missão tem rostos e hoje apresentamos dois: o Rui tem 30 anos e é designer gráfico; a Diana tem 28 e é professora do Ensino Básico. Casaram em 2008 e decidiram dar os dois primeiros anos da sua vida de casados à Missão. Partiram para Guiúa, Moçambique onde viveram tempos de sonho, como Leigos Missionários da Consolata. Acabam de regressar e estão agora a acordar para uma vida a outro ritmo, cá na Europa. Mas o sonho da Missão não vai acabar nunca...

Uma infância com Deus presente

A infância de ambos foi tão normal como feliz. Nascidos e crescidos em famílias cristãs, a Diana, através dos três irmãos mais velhos, já tinha uma ligação à família da Consolata. Aliás, a Tina, sua irmã, estivera dois anos em Moçambique, terminando a Missão um pouco antes do casamento da Diana com o Rui. Este era um rapaz com pouca vontade de ir á catequese e muita paixão pelo futebol e pelo BTT. Foi no grupo de jovens de Algueirão (‘Sempre Mais Alto’) que ganhou vontade de subir a fasquia do seu compromisso pela Missão: ‘fiz a minha preparação para o Crisma e depois mantive-me aí, ao mesmo tempo que entrava nos Jovens Missionários da Consolata, onde já tinha vários amigos e o meu irmão’. Foi lá que conheceu a Diana e ambos decidiram apostar num projecto missionário que envolvesse toda a vida.

Guiné...e Moçambique

Em 2003, a Diana foi até á Guiné Bissau fazer um mês de experiência em Missão com as Irmãs Missionárias da Consolata que estão em Empada. Este ‘cheirinho’ de Missão abriu o apetite para muito mais e, ainda antes de casar, ela e o Rui já tinham manifestado a vontade de partir: ‘Moçambique foi o Destino, na sequência da estadia da Tina e do Filipe e do Ricardo e da Elizabeth, mas fomos para a Missão do Guiúa onde está o Centro de Promoção Humana’. Em 2005, tinham já feito da Missão opção de Vida e, assim, entraram para os Leigos Missionários da Consolata.

(CONTINUA NO PRÓXIMO POST…)

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade – Perfil

Foto: DR

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A MISSÃO EM TEMPO DE GLOBALIZAÇÃO - Conclusão


Os novos horizontes da missão

1. Os novos modelos desta sociedade global são cada vez mais construídos a margem de qualquer referência religiosa. As antigas mediações por onde passava a fé: a família, a escola, a cultura, o meio, deixaram de os ser. O número dos que não conhecem a Deus esta em contínuo aumento, duplicou desde o Concílio para cá, como diz João Paulo II. Assim neste mundo secularizado, a necessidade de uma primeira evangelização é cada vez mais urgente.

2. Diante da uniformização dos padrões culturais veiculados pelas grandes potências, os povos tornam-se cada vez mais sensíveis à defesa dos seus próprios valores. Assim, o anúncio do Evangelho passa pelo respeito pela diferença e pela defesa dos seus valores culturais, pela promoção da sua identidade. Evangelizar, mais que convencer, é respeitar, escutar e acolher .

3. A lei do mercado acentua a clivagem entre ricos e pobres. A globalização da economia acabou por excluir os que não podem competir. Anunciar o Evangelho neste contexto emerge cada vez mais como opção pelos excluídos. Hoje não basta ajudar, é preciso lutar pela dignidade dos pobres, defender os seus direitos, contra todas as forcas que os oprimem. A justiça e a paz são hoje os grandes desafios da missão.

4. A sociedade actual está toda organizada em função do consumo. Os próprios valores culturais tomaram-se produtos de consumo. Esta atmosfera anula todo o espaço para os valores da gratuidade e da pessoa como tal. Todos os valores não rentáveis são marginalizados: os espaços verdes, a criança, a pessoa idosa, a contemplação. Anunciar hoje o evangelho tem muito a ver com o regresso ao jardim da criação, onde Deus marca encontro com o homem, a defesa da identidade da pessoa, a beleza das arvores e a escola das flores.

5. Os meios de comunicação tomaram-se instrumentos ao serviço do poder de manipulação dos valores. As decisões politicas, económicas e sociais passam pela manipulação dos media. A sociedade mediática cria dependências. Como testemunhas do Reino, é-nos pedido para fazermos dos meios de comunicação areópagos da Boa Nova da informação, da comunhão entre as pessoas. João Paulo II fala deles como primeiro espaço da missão de hoje.

6. As rupturas nas tradições, as intervenções violentas dos mecanismos do mercado, a publicidade e a competição económica, levaram às perda de referências sólidas, ao culto da violência. A missão neste contexto passa pela promoção da reconciliação, pela defesa dos direitos dos mais débeis. As periferias, as situações de conflito, os campos de refugiados, as franjas de exclusão e de marginalização São mais que outras a “terra de missão”, nos tempos de hoje.

Texto: Pe. Adélio Torres Neiva

Foto: OMP