sexta-feira, 29 de abril de 2011

JOÃO AGUIAR, PRES. CONS. GERÊNCIA DA RR – UM PADRE SEMPRE EM (E)MISSÃO - Conclusão

Homem da Rádio…

A RR entrou cedo na sua vida. Ainda na 1º fase de jornalista no DM, tornou-se correspondente da RR em Braga. Depois, entrou em Lisboa como jornalista nos anos 80 e foi nomeado sub-chefe de redacção, colocado no Porto. Em 1992, foi chamado a Lisboa para ser director de informação interino, mas regressaria ao Porto como Director de Produção (1992-1997) até regressar a Braga para dirigir o DM e coordenar os estúdios novos da RR ali abertos.

Em 2006 foi surpreendido com o convite para ser Presidente do Conselho de Gerência, mudando-se para Lisboa.

RR em mudança

Fazer o balanço de seis anos é difícil, pois houve uma notória evolução. A Renascença transformou-se, pois de uma rádio com suporte tradicional passou a ser multimédia; criou-se uma nova Rádio (Sim); todas as outras rádios foram reajustadas no seu público-alvo e têm sites inovadores; nasceram três rádios simplesmente online (ligadas à RFM) ; criou-se o ‘Página1’, jornal diário digital; criou-se a empresa ‘Génius e Meios’ voltada para a formação (workshops sobre rádio, etc) e para o entretenimento; foi reactivada a antiga Liga dos Amigos da Rádio Renascença, com o nome de ‘Clube Renascença’…

O P. João Aguiar enumera, reconhecido a quem o antecedeu, as inovações que têm garantido ao grupo r/com a permanência na liderança absoluta das audiências: ‘o grupo é líder de audiências há 30 anos, primeiro através do Canal Renascença e, nos últimos anos, a liderança é da RFM que fará 25 anos em 2012’ – confessa orgulhoso.

E há mais. A Renascença deixou de ser simplesmente rádio para ser um meio de comunicações em multiplataformas (Rcom): online, internet, vídeo: ‘Estamos no mundo da radiovisão, com vídeos que estão nos sites’.

Houve ainda uma reestruturação de recursos humanos e nas estruturas físicas: a Renascença passou a contar com instalações novas no Porto (Gaia) e lançou-se no projecto da futura sede em Lisboa.

75 anos…no ar

A abertura solene dos 75 anos da RR foi em Braga, neste 10 de Abril, com uma Eucaristia presidida pelo Núncio Apostólico, seguida de uma homenagem, em Barcelos, a Monsenhor Lopes da Cruz, o fundador. O programa das comemorações é ambicioso: grande espectáculo musical no Estádio do Bessa (3 Junho), uma série de debates sobre o futuro do país; grande Concerto de Natal; reflexões e encontros internacionais sobre Rádio; Viagem/Peregrinação a Roma; um livro com depoimentos (75 anos / 75 depoimentos sobre a RR). A 10 de Abril de 2012 terá lugar uma sessão solene na Universidade Católica – Lisboa e as comemorações encerram em grande a 13 de Outubro em Fátima, na conclusão do Congresso da Confederação Europeia de Rádios Cristãs.

O P. João garante que a preocupação missionária é constante. Há apoios a rádios da lusofonia e campanhas de solidariedade. Enfim, sente-se um padre sempre em (e)missão!

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade – Perfil

Foto: DR

quarta-feira, 27 de abril de 2011

JOÃO AGUIAR, PRES. CONS. GERÊNCIA DA RR – UM PADRE SEMPRE EM (E)MISSÃO

De casa ao Seminário

Filho de guarda fiscal e doméstica, nasceu em Terras de Bouro (Braga). Acompanhou os pais em Trás-os-Montes, onde fez a 3ª e 4ª classes e a admissão à Escola Industrial de Chaves. O grupo de seis irmãos imprimiu um cunho muito desportivo à sua vida. Entrou no Seminário em Braga e, ordenado Padre, sempre exerceu a ‘pastoral da comunicação’, alguns anos a par do Ensino.

No Diário do Minho…

Estudou Comunicação na Universidade de Navarra e foi nomeado, em 1978, Chefe de Redacção do Diário do Minho. Seria Director do DM de 1997 a 2005, época de novas mudanças radicais neste diário da Arquidiocese de Braga: ‘houve uma nova transformação, com a duplicação do número de páginas e a introdução da cor’. Sobre o futuro deste jornal, João Aguiar não tem dúvidas: ‘continua a fazer sentido e pode ter uma expansão maior, embora o título seja fronteiriço’. Acerca dos media escritos, pensa que há que olhar bem para o panorama mediático: ‘hoje não se compra nada para saber, compra-se para perceber. É preciso iluminar o que está a acontecer. É preciso gente que pense bem e pense depressa’.

(CONTINUA NO PRÓXIMO POST…)

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade – Perfil

Foto: DR

segunda-feira, 18 de abril de 2011

SANTA E FELIZ PÁSCOA

Nesta quadra litúrgica, as Obras Missionárias Pontifícias desejam a todos os amigos, colaboradores, e todos quantos se empenham na Missão, os melhores votos de Santa e Feliz Páscoa.


quarta-feira, 13 de abril de 2011

P. JOÃO DAVID, A CAMINHO DO MÉXICO: QUANDO A MISSÃO NÃO TEM FRONTEIRAS - Conclusão

Jovens e Vocações

Portugal viu-o percorrer o país de lés a lés para a animação vocacional e missionária das nossas comunidades, sobretudo em encontros e celebrações com adolescentes e jovens com quem partilhava a riqueza da sua experiência missionária, a sua simpatia contagiante e a sua veia de artista, cantando e tocando guitarra com grande mestria e sentido de festa. O P. João David seria, mais tarde, escolhido para Reitor do Seminário Maior da Congregação, no Porto. Começou uma nova fase na sua vida. O andar de terra em terra foi mudado por um estar mais presente numa casa, a acompanhar a caminhada vocacional de jovens que se preparavam para um dia ser padres ou irmãos. O maior desafio foi o da internacionalidade, pois, por esta Casa de Formação, foram passando jovens de Portugal, Cabo Verde, Angola, República Centro Africana, Congo, Gana, Uganda, Bélgica, Nigéria… o mundo, com toda a riqueza da sua diversidade, estava ali e era preciso gerir a pluralidade de pessoas, línguas, culturas, sensibilidades religiosas e missionárias. Foi um tempo de grande aprendizagem, marcado pela permanente simpatia deste padre que sempre mostrou uma grande abertura ao regresso a uma linha da frente da Missão. Era esse o ideal que apontava aos futuros padres e irmãos.

Os Jovens Sem Fronteiras foram outro dos campos de investimento do P. João David. Foi o Coordenador da Região Douro e todos guardam dele a imagem de um padre bom, simpático, calmo e artista. Um homem simples, de uma fé profunda e de uma inteligência extraordinária que se percebia na hora de reflectir os problemas, de avançar com as programações, de avaliar as actividades. Teve, no Encontro Nacional realizado entre o Barreiro e Lisboa, uma merecida homenagem por parte dos Jovens Sem Fronteiras que o guardam no coração.

A caminho do México

Livre, como sempre, disponível para partir, respondeu logo que ‘sim’ ao apelo que chegou do México que pedia um Formador para os candidatos a Espiritanos naquele grande país onde a Missão precisa de mais trabalhadores. Substituído no Seminário Maior e nos Jovens Sem Fronteiras pelo P. Pedro Fernandes (natural de Benfica e com longa experiência de Missão em Moçambique), foi a Madrid lançar-se no ‘Castelhano’ e tem as malas feitas e a viola no saco, pronto a levantar voo e cruzar o Atlântico.

Nos próximos tempos, a Missão do P. João David passará pelo México.

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade – Perfil

Foto: JCF

segunda-feira, 11 de abril de 2011

P. JOÃO DAVID, A CAMINHO DO MÉXICO: QUANDO A MISSÃO NÃO TEM FRONTEIRAS

Filho de artistas de olaria, é um artista na música e na Missão. Fez tese sobre ‘Justiça e Paz’ e foi missionário entre os Manjacos da Guiné-Bissau e em Cabo Verde. De regresso a Portugal, coordenou a Pastoral Vocacional, foi Reitor do Seminário Maior Espiritano e Coordenador dos Jovens Sem Fronteiras. Está de malas aviadas e viola às costas para rumar na direcção do México.

Da Família ao Altar…

Filho de artistas de olaria, o P. João David nasceu em Barcelos. Cedo descobriu os Espiritanos e entrou no Seminário. Sem grandes sobressaltos fez a sua caminhada que o levou ao sacerdócio, sendo Ordenado no Seminário da Torre d’Aguilha, em Lisboa. A sua tese de Teologia, defendida na Universidade Católica, em Lisboa, foi sobre ‘Justiça e Paz’ no âmbito da Doutrina Social da Igreja.

Músico, é compositor de numerosas canções e vencedor de alguns festivais.

Guiné e Cabo Verde

A sua primeira missão fora de portas foi em Cabo Verde onde realizou o seu estágio missionário. Como padre, após estudos em Paris, partiu para o interior da Guiné-Bissau, trabalhando alguns anos em território de Manjacos, estando na fundação da Missão Católica de Caió. Em contexto de primeira evangelização, vivia pobremente no meio de um povo acolhedor que, no plano religioso, praticava a Religião Tradicional. A Missão apostou muito na área da Educação, com a direcção da Escola Sem Fronteiras de Tubebe.

Da Guiné-Bissau saltou para Cabo Verde. A Calheta de S. Miguel Arcanjo teve-o como Pároco. Anos depois dele de lá ter saído ainda o povo recordava a sua simpatia, as visitas que fazia às famílias e comunidades, o tempo que dispunha para conversar com as pessoas, as canções que compunha a cantava com as crianças e os jovens. Marcou esta terra e este povo que o viram partir com grande saudade… mas teve de regressar a Portugal.

(CONTINUA NO PRÓXIMO POST…)

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade – Perfil

Foto: JCF

quinta-feira, 7 de abril de 2011

MATILDE TROCADO CASTRO, AUTORA DO ‘WOJTYLA’: MISSÃO DE TIMOR AOS PALCOS DE LISBOA E PORTO - Conclusão

O Duarte e... Timor

E por aí ficou alguns anos… até largar tudo para ir para Timor… “Mas antes de chegar aí, falta uma parte fundamental: o Duarte. O Duarte era amigo de amigos, via-o de vez em quando. Em Agosto de 2005 resolvemos ir almoçar, um mês depois começámos a namorar, seis depois disso ficámos noivos e casámos no dia 3 de Fevereiro de 2007. Temos, quase desde que casámos uma Equipa de Nossa Senhora que tão importante tem sido na nossa vida”.

E a aventura de Timor começa com o Duarte: “A mim jamais me tinha passado pela cabeça a ideia de partir em Missão. Achava óptimo quem ia, mas nunca tinha pensado se seria para mim. O Duarte, por sua vez, trazia esse sonho já há muito tempo. Quando namorávamos falámos disso algumas vezes e, uma vez casados, resolvemos começar a formação dos Leigos para o Desenvolvimento, que no fundo, além de formar, é um tempo de discernimento”. Chegaram a Díli em Setembro de 2008 e lá trabalharam durante um ano: “Em Timor, experimentamos uma simplicidade que é um bocadinho indizível… e que, ao mesmo tempo, tanto sentido faz ao nosso coração. O Duarte esteve a trabalhar num projecto de micro crédito e a dar aulas de Economia, e eu dei aulas de Português e História, iniciei um projecto de campos de férias para os distritos, e fiz um diagnóstico de necessidades a um bairro de Díli … e, claro, acabei por dar também umas aulas de dança e de teatro”.

Wojtyla...

Regressaram de Timor e integraram-se na vida da Paróquia de Cascais, a convite do P. Nuno Coelho. Entretanto, nasceram a Marta e o ‘Wojtyla’: “Ainda na minha barriga, a Marta acompanhou todo o processo de criação e todos os ensaios da primeira edição do ‘Wojtyla’, até à estreia no Estoril a 18 de Maio de 2010. É, na minha opinião, o bebé mais querido e mais simpático de sempre. A primeira de alguns se Deus quiser!”.

O musical sobre João Paulo II foi um sucesso tal que encheu grandes salas de Lisboa e Porto. A Matilde decidiu apostar a sua vida profissional nesta área, como espaço de Missão pelo Teatro.

Para tal, está no Conservatório a fazer um Mestrado em Teatro com especialização em Encenação.

A Missão vai continuar dentro e fora do palco.

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade – Perfil

Foto: DR

terça-feira, 5 de abril de 2011

MATILDE TROCADO CASTRO, AUTORA DO ‘WOJTYLA’: MISSÃO DE TIMOR AOS PALCOS DE LISBOA E PORTO

Colocou João Paulo II nas bocas do mundo ao realizar o musical ‘Wojtyla’ que encheu grandes salas de Lisboa e Porto. Mulher de Comunicação, tem uma enorme paixão pelas Artes de Palco. Apaixonada pela Missão, esteve um ano em Timor com o Duarte, seu marido. Depois do sucesso de ‘Wojtyla’, decidiu que a sua vida passará pelo Teatro, embora o pai continue a dizer que ela passou ao lado de uma grande carreira como Advogada...

Mulher de Comunicação...

A Matilde teve uma infância “com três irmãos, muitos primos e muito espaço na rua para brincar”. Cresceu em família, estudou nas Salesianas e nos Salesianos e foi aí que ganhou gosto pelas artes de palco. Além das aulas de dança que tinha, conseguiu convencer os pais a frequentar uma escola de artes performativas em Nova Iorque, onde desenvolveu o gosto pelo Teatro.

No 12º ano, à procura de dinheiro para a viagem de finalistas, construiu, com uma amiga, o seu primeiro espectáculo: ‘A magia do Cinema’. Foi a primeira vez que trabalhou com o Hugo Reis, director musical do ‘Wojtyla’.

Estudou Comunicação Cultural na Católica e acha que escolheu bem: “A minha área é Comunicação, é afinal isso que procuro fazer com o teatro: comunicar”.

Até Roma, com João Paulo II...

Foi monitora de campos de férias, com o ‘Milonga’ – um campo de férias da Paróquia do Estoril, uma experiência marcante. Foi neste projecto que encontrou o P. Ricardo Neves, “talvez a peça mais fundamental da minha vida de fé. É o meu director espiritual”. Fazia então parte do coro da Paróquia do Estoril e de uma equipa de Jovens de Nossa Senhora.

Em 2002, arriscou fazer um musical: ‘Broadway’. “Foi uma experiência fantástica e fez-me perceber que, em relação às artes performativas, o que gosto mesmo de fazer é encenar. Na altura, pensei se me deveria dedicar a esta área, mas não me levei muito a sério”.

Depois, seguiu para Roma, em Erasmus. Muitas vezes viu João Paulo II e participou na oração do Angelus. De regresso a Portugal, acabou o curso e começou a trabalhar na rádio, na publicidade e marketing, na produção de eventos empresariais.

(CONTINUA NO PRÓXIMO POST …)

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade – Perfil

Foto: DR