5. Um olhar de amor sobre a humanidade que nos rodeia
Paulo olha sempre para a humanidade que o envolve e para as comunidades que evangeliza com um olhar de complacência e compreensão. Ele toma sobre si o cuidado de todas as igrejas e faz suas as suas quedas e fraquezas. “Além de tudo isto, a minha obsessão de cada dia: o cuidado de todas as igrejas. Quem é que é fraco, sem que eu o não seja também? Quem tropeça, que eu não me consuma por fora? Se é preciso gloriar-me, da minha fraqueza me gloriarei” (2 Cor 11,28-29). Ele está pronto a ser amaldiçoado, separado de Cristo, contanto que os olhos deles se abram (Rom 9, 2-3). Os Filipenses são a sua alegria e a sua coroa (Fil 4,1) e não tem menos afeição pelos “doidos” gálatas”( Gal.3, 1), mesmo por causa das suas aberrações ele mantém por eles um amor que se assemelha a uma ternura maternal. “Ah meus filhinhos, que na dor eu dei à luz de novo até que Cristo seja formado em vós!” (Gal 4,17)
A respeito de Israel ele “tem no coração uma grande tristeza e uma dor incessante e está pronto a ser amaldiçoado, separado de Cristo, se isso pudesse servir para lhes abrir os olhos”(Rom 9,2-3). Ele diz que tem no coração todos os Filipenses, por terem tomado parte na graça que lhe foi dada nas suas prisões (Fil 1,7-8). O seu afecto para com os Gálatas não é menor, mesmo se eles são insensatos. “Filhinhos meus, por quem de novo sinto as dores da maternidade, até que Cristo seja formado em vós, bem quisera estar agora convosco e mudar a minha voz pois estou perplexo a vosso respeito” (Gal 4,19-20).
Pe. Adélio Torres Neiva, CSSp
In "S. Paulo e a Missão sem Fronteiras" - Ed. LIAM
(Fim do Post)
Foto: Samuel Mendonça
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