A MISSÃO, FESTA DOS POVOS
4. A dimensão socio-económica da missão
Em Paulo, a missão atinge a vida toda da comunidade, reveste também a dimensão socioeconómica da sua existência.
Paulo canta a caridade como alicerce do seu Evangelho (1ª Cor 13) e mais concretamente organiza uma colecta para os pobres de Jerusalém, colecta que ele chama “serviço da comunhão” (Koinonia) (2 Cor 8,1-6). “Não se pretende que os outros tenham alívio e vós fiqueis em apuros, mas que haja igualdade”. Esta partilha, mais que caridade, para Paulo é justiça social. Ele proclamou que “não havia mais nem judeu nem grego, nem escravo nem homem livre, nem homem nem mulher” (Gal 3,28). A fraternidade, a igualdade e a justiça social eram valores que faziam parte integrante da missão, como o Sínodo de 1972 viria a reconhecer...
Paulo arriscou perder a sua própria liberdade por causa desta transformação das relações étnicas, tomou a defesa do escravo Onésimo e admitiu mulheres nas suas equipas apostólicas, atitudes que eram contrárias ao código vigente daquele tempo. Filémon, um senhor rico, tinha como escravo Onésimo. Paulo prescindindo da questão legal, envia-o ao seu senhor, Filémon e pede que o acolha, já não como escravo mas como “irmão querido” (Carta a Filémon 1,16), seu irmão na fé.
O seu ensinamento sobre a liberdade e a lei, a vida, a morte, o pecado e a graça eram uma doutrina revolucionária. A Lei para os judeus tinha um valor absoluto e criava uma religião de observância, contra a qual Paulo combateu sem dúvidas nem reservas. A lei, sem os valores que ela contém, escraviza e anula a pessoa; só a graça liberta. É toda a doutrina da Carta aos Romanos.
É uma conversão profunda das estruturas opressivas, injustas e aniquiladoras, que ele anuncia. A missão para Paulo não era uma ideologia abstracta: idealista, espiritualista, mas mexia com as estruturas sociais pela sua raiz.
Para Paulo, o pecado e a morte não eram factores apenas individuais, mas potências que encadeavam e abafavam a imagem de Deus no homem. O pecado social, sem rosto, de que falava João Paulo II era, já para Paulo, um pecado em que todos tinham culpas.
Em Paulo, a missão atinge a vida toda da comunidade, reveste também a dimensão socioeconómica da sua existência.
Paulo canta a caridade como alicerce do seu Evangelho (1ª Cor 13) e mais concretamente organiza uma colecta para os pobres de Jerusalém, colecta que ele chama “serviço da comunhão” (Koinonia) (2 Cor 8,1-6). “Não se pretende que os outros tenham alívio e vós fiqueis em apuros, mas que haja igualdade”. Esta partilha, mais que caridade, para Paulo é justiça social. Ele proclamou que “não havia mais nem judeu nem grego, nem escravo nem homem livre, nem homem nem mulher” (Gal 3,28). A fraternidade, a igualdade e a justiça social eram valores que faziam parte integrante da missão, como o Sínodo de 1972 viria a reconhecer...
Paulo arriscou perder a sua própria liberdade por causa desta transformação das relações étnicas, tomou a defesa do escravo Onésimo e admitiu mulheres nas suas equipas apostólicas, atitudes que eram contrárias ao código vigente daquele tempo. Filémon, um senhor rico, tinha como escravo Onésimo. Paulo prescindindo da questão legal, envia-o ao seu senhor, Filémon e pede que o acolha, já não como escravo mas como “irmão querido” (Carta a Filémon 1,16), seu irmão na fé.
O seu ensinamento sobre a liberdade e a lei, a vida, a morte, o pecado e a graça eram uma doutrina revolucionária. A Lei para os judeus tinha um valor absoluto e criava uma religião de observância, contra a qual Paulo combateu sem dúvidas nem reservas. A lei, sem os valores que ela contém, escraviza e anula a pessoa; só a graça liberta. É toda a doutrina da Carta aos Romanos.
É uma conversão profunda das estruturas opressivas, injustas e aniquiladoras, que ele anuncia. A missão para Paulo não era uma ideologia abstracta: idealista, espiritualista, mas mexia com as estruturas sociais pela sua raiz.
Para Paulo, o pecado e a morte não eram factores apenas individuais, mas potências que encadeavam e abafavam a imagem de Deus no homem. O pecado social, sem rosto, de que falava João Paulo II era, já para Paulo, um pecado em que todos tinham culpas.
Pe. Adélio Torres Neiva, CSSp
In "S. Paulo e a Missão sem Fronteiras" - Ed. LIAM
(Cont. no próximo Post)
Foto: Lusa
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