segunda-feira, 7 de março de 2011

ANTÓNIO MONTEIRO, PADRE DEHONIANO – PARTILHAR A VIDA COM OS POBRES E OS JOVENS.


De Vizela à Madeira, o Padre Tó já percorreu caminhos de uma Missão que o pôs sempre a partilhar a vida com os pobres e com os jovens. Nunca foi a África nem tem fotos dignas de capa de revista missionária. O Bairro da Boavista, a Póvoa de Santa Iria e o Forte da Casa foram as Comunidades de Lisboa onde se sentiu Missionário da linha da frente.

Até entrar no Seminário...

Diz que a vontade de ser padre não resultou de um filme com efeitos especiais. Foi parar ao Seminário Dehoniano por influência do testemunho de vida e de Missão de um tio que é monge e padre. Mas não pensemos que a decisão de entrar no seminário foi fácil de tomar. Não foi, embora a vontade expressa de ser padre conste nas composições da Escola Primária. A decisão era sempre adiada..., mas não muito porque, aos 13 anos, já estava a partilhar a vida de uns tantos adolescentes como ele no Seminário Missionário Padre Dehon, em Rio Tinto (Gondomar). Estávamos no ano de 1996. Foi uma decisão tomada do dia para a noite que acabaria até por surpreender os pais. Diz o Tó: ‘Depois do embate da comunicação oficial da notícia da entrada antecipada no seminário aos meus pais, contei sempre com a presença deles, sem nunca me pressionarem’.

A Madeira e o Bairro da Boavista

A Missão é uma paixão que lhe corre nas veias. E, embora lance o aviso ‘nunca estive em África!’, tem dois momentos que gosta de salientar. O Tó interrompeu os estudos de Teologia para viver uma experiência missionária na Ilha da Madeira, durante o tempo de formação, naquilo a que se poderia chamar um estágio: ‘Estive dois anos no nosso Seminário na Madeira [Colégio Missionário Sagrado Coração – 2004-2006] como “prefeito”. Considerando o estado social da Madeira – de então e de agora – considero que foi uma experiência de missão’. A segunda experiência, que ele partilha com paixão, foi a pastoral que fez no Bairro da Boavista, durante o tempo em que viveu no Seminário de Alfragide (2006-2009). Esta Comunidade é composta, na sua maioria, por pessoas pobres, marcadas por muitos problemas que causam sofrimento. Com o P. José Agostinho, Pároco, o Tó entrou no coração do bairro e na alma deste povo pobre, simples, acolhedor: ‘Gentes e cenário pelos quais me apaixonei’.

(CONTINUA NO PRÓXIMO POST…)

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade

Foto: DR

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