segunda-feira, 14 de junho de 2010

JOAQUIM FRANCO, JORNALISTA DA SIC – DO OUTRO LADO DO ECRÃ - Conclusão

Trabalhos mais ‘relevantes’

“Se tivesses que destacar alguns trabalhos jornalísticos, quais consideravas mais relevantes?” – perguntei. Joaquim Franco apostou em três: ‘Missão: Sobreviver ao Futuro’, ‘A Escola da Selva’ e ‘Até ao último Índio’, reportagens SIC/Expresso, sobre as tensões culturais, políticas e económicas da luta pelos direitos dos povos indígenas do Brasil, particularmente os índios Ianomami da Amazónia; Enviado Especial a Timor-Leste, em 1999, para o processo de auto-determinação, num trabalho da TSF que valeu o reconhecimento da Assembleia da República; Enviado Especial ao Vaticano, em 2005, pela morte do Papa João Paulo II e eleição de Bento XVI.

Com Bento XVI

Antecipou, em reportagens, a visita do Papa. Apresentou e moderou as emissões especiais em directo na SIC, em Lisboa, Fátima e Porto. Entende que a visita de Bento XVI foi um estímulo para os católicos, mas também uma “oportunidade para relançar o debate imprescindível sobre a religião e a sociedade, Portugal e a Europa, num tempo aberto à pluralidade cultural e à inevitável convivência religiosa”. Dos discursos do Papa, salienta a “lucidez e coragem, embora com alguma ambiguidade em jeito de desafio aos católicos”. Até onde pode ir o povo de Deus, quando Bento XVI “apela à criatividade e humildade, reforçando ao mesmo tempo, como dimensão inquestionável, a fidelidade ao bispo de Roma?”, pergunta o jornalista, acrescentando que o “Papa Ratzinger deixou clara uma evidência evangélica: sem o testemunho da caridade não há Deus, ou seja, a fé sem caritas é um bluff”. Há por aí “muita experiência místico-gasosa atraente, mesmo dentro da Igreja, mas despida do essencial… o outro”, remata Joaquim Franco.

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: DR

Sem comentários: