segunda-feira, 2 de maio de 2011

ELIZABETH CARRILLO, MISSIONÁRIA COMBONIANA – EQUADOR, BRASIL, MOÇAMBIQUE, PORTUGAL…


Nasceu no Equador, estudou Informática, mas a Missão agarrou-a por dentro, tocada pelo testemunho radical de Monsenhor Proaño e … partiu. As favelas e os povos indígenas do Brasil, os pobres de Nacala e os excluídos de Lisboa são o horizonte alargado da sua missão sem fronteiras. As malas estão feitas para o regresso a África.

Da Informática à Vida Consagrada

Nasceu e cresceu num ambiente de fé. Fez a secundária num Colégio de Irmãs e estudou Informática na Universidade de Quito, capital: ‘para mim, era esta a profissão que prometia futuro, e com isso, eu chegaria aonde queria. Mas Deus desviou o meu caminho e serviu-se daquilo que me perturbava: os mais pobres. Nunca entendi tantas diferenças e injustiças; isto incomodava-me, magoava-me’.

A Betty é tocada pelo testemunho heróico de Monsenhor Proaño, chamado o ‘Bispo dos Índios’, no Equador: ‘Proaño foi e é um exemplo de solidariedade, junto dos indígenas, defendeu as suas terras e os seus direitos; conseguiu que fossem reconhecidos como equatorianos, cidadãos de valores e tradições diferentes. O seu exemplo sacudia a minha consciência: O que estás a fazer com a tua vida? Foi através da sua pessoa e do seu exemplo que Deus mudou o meu rumo’.

Os pais não aceitaram a sua decisão, mas entrou no Instituto das Irmãs Missionárias Combonianas em 1984.

De Curitiba á Rondónia

Após a primeira formação, foi para Curitiba, no Brasil, onde estudou Teologia, fazia catequese numa favela e pastoral carcerária, uma experiência muito dura, mas onde sentiu que Deus estava sempre do seu lado. Depois de quatro anos, foi para a Rondônia, na Amazónia do Brasil, para trabalhar com os índios Surui e Ureu Wau Wau: ‘Viver junto deles fez-me crescer como pessoa e como filha de Deus. São culturas originárias, de grande respeito por Deus e pela criação. Com os indígenas, o nosso trabalho era ajudá-los no encontro com a cultura ocidental que estava a invadi-los, dar passos para este “encontro e desencontro” era muito complicado para um povo que então tinha somente 25 anos de contacto com o mundo chamado dos ‘brancos’. Ajudávamos também os jovens e crianças com um reforço escolar; vivíamos com eles na sua aldeia, tentávamos entrar no seu mundo, viver como eles para conhecer a sua cultura, a sua língua oral, pois, não tinham livros’.

(CONTINUA NO PRÓXIMO POST…)

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade – Perfil

Foto: DR

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