S. Tomé e Príncipe e Moçambique
O P. Nuno recorda o impacto de uma visita a Cabo Verde de um seu formador que veio fascinado e do desafio que o Pe Daniel lhe lançou para passar o mês de férias na Ilha do Príncipe, ao abrigo da geminação entre o Príncipe e a Ramada: ‘Foi uma experiência extraordinária. A pessoa de Jesus, o testemunho simples, próximo, gratuito, sincero, heróico, daqueles que se enamoraram por Ele dá mesmo fruto a seu tempo. Como eu estive lá pouco tempo, em alturas de férias, de festas, tudo me pareceu paradisíaco e fecundo. Quero acreditar que também o foi. Entretanto, já lá voltei outra vez e, no próximo verão, se Deus quiser, lá estarei de novo’.
Acompanhar a Equipa d’África, um grupo de jovens universitários com carisma de servir os outros, foi outro dos grandes desafios missionários do P. Nuno, projecto que o levaria a Moçambique, onde se sentiu peregrino.
Missão em Cascais
Foi nomeado para Cascais com 30 anos: ‘É óbvio que fiquei com um bocadinho de receio, mas a reacção da minha família e dos amigos mais próximos ainda me fez tremer um bocadinho mais. Quando lhes dizia que ia para Cascais o diálogo era sempre o mesmo:
- Mas Cascais, onde mesmo?
- Cascais, Cascais.
- E vais ajudar que Prior?
- Vou ser eu o Prior.
- Mesmo?!
- Sim!
E o tom que ficava no ar era sempre de um espanto descrente’.
O P. Nuno explica como se sente Missionário em Cascais: ‘Encontrei uma paróquia com potencialidades ímpares. Mas, eu próprio, ainda tenho de aprender a ser pároco, pastor. Vou dando o meu melhor e vou exercitando a virtude da paciência (própria de um semeador). A missão numa grande paróquia não é diferente das outras, embora possa ser humanamente mais desafiante e enriquecedora. Mas o que continua a deixar marcas e a puxar por mim é o contacto pessoal, próximo, nos momentos de festa ou de sofrimento e dor, na intimidade das famílias ou no púlpito da Igreja’.
E deixa uma promessa: ‘Quero servir a Igreja sempre, onde quer que for. Aliás o meu “sonho” ainda é ir para Timor onde o meu pai cumpriu parte do serviço militar. As fotografias e as histórias que ele contava deixaram o “bichinho”, talvez um dia…
Ser padre é mesmo bom!’.
Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade – Perfil
Foto: DR
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