D. António Couto, presidente da Comissão Episcopal para as Missões, aborda a actualidade missionária em Portugal, destacando a dinâmica que se quer imprimir a partir da carta pastoral «Para um rosto missionário da Igreja em Portugal».
Missão ad gentes não é tanto uma maneira de demarcar espaços a que haja que levar o primeiro anúncio do Evangelho, mas é mais o modo feliz, ousado, pobre, despojado e dedicado de o cristão sair de si para levar Cristo ao coração de cada ser humano, seja quem for, seja onde for.
É assim que D. António Couto, presidente da Comissão Episcopal para as Missões, aborda a actualidade missionária em Portugal, destacando a dinâmica que se quer imprimir a partir da carta pastoral «Para um rosto missionário da Igreja em Portugal».
Agência ECCLESIA (AE) - Num contexto de progressiva secularização, recentemente recordada pela CEP e pelo próprio Papa, agudiza-se a necessidade de uma “primeira evangelização” em Portugal?
A forma como a pergunta está formulada pode deixar supor que há outras maneiras de se ser cristão e de viver em Igreja. E que só agora, nesta «noite do mundo», em que vemos o chão a fugir-nos debaixo dos pés em Portugal e em toda a Europa, é que se torna necessário lançar mãos da “primeira evangelização”. Esta suposição pode levar a pensar que a referida “primeira evangelização” é uma coisa excepcional a usar só em situações excepcionais. Raciocínio viciado. A “primeira evangelização” ou a “evangelização primeira” ou “primeiro” é a normal, quotidiana maneira de ser da Igreja e do discípulo de Jesus. O tempo em que vamos requer lucidez e determinação. Reconhecer que não temos cumprido a nossa missão de evangelizar como Jesus nos mandou é um dado que se nos impõe. Bater com a mão no peito por nos termos acomodado e afastado do estilo de Jesus é decisivo. Pusemos, entretanto, muitas coisas entre nós e Jesus. Mas uma só coisa é necessária! E não há “evangelização requentada”!
(CONTINUA NO PRÓXIMO POST…)
Texto e foto: Agência Ecclesia
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