A Irmã Ascensão Lourenço nasceu na paróquia do Sr. Patriarca, em Alvorninha, Caldas da Rainha. A primeira grande escola foi a família: ’a Pré primária foi meu pai que ma fez, ensinando-me a contar maçãs de um cesto para o outro. A minha mãe ensinou-me também como comungar pela primeira vez, fazendo de 2ª catequista’.
Foi na adolescência que uma Revista “Encontro” lhe foi parar às mãos. Nas suas páginas estavam gravados testemunhos missionários que a fascinou. O entusiasmo pela Missão nunca mais deixou de ser forte. Esperou pelos 17 anos para entrar nas Irmãs Missionárias do Espírito Santo. Já com uma opção clara de ser Espiritana, foi a Fátima a 13 de Maio de 1967 para acompanhar a visita de Paulo VI.
Angola, Brasil...
Nos anos quentes do 25 de Abril (1974-75), a Irmã Ascensão esteve a trabalhar no sul de Angola, na cidade do Lubango. Mas seria o Brasil a sua grande terra de Missão, onde chegou em Janeiro de 1977. Conta: ‘Esta missão teve o sabor dos princípios. Morávamos numa casa pequena do Bairro de Vila Mangalot, periferia de S. Paulo, acolhidas pelos Missionários Espiritanos alemães que orientavam a Paróquia e onde tinham um Seminário’. Lá se dedicou de alma e coração à pastoral paroquial: liturgia, catequese, encaminhamento dos pobres, etc.
Aprendeu muito com o povo brasileiro. Ainda recorda as palavras de um bispo que, descontente com os superiores que mudavam os missionários frequentemente, dizia: ‘o primeiro ano é para ver, o segundo para começar e o terceiro para fazer algo na pastoral’.
Por isso, ela foi entrando de mansinho na realidade e acolhendo de coração aberto as situações que lhe apareciam na frente dos olhos.
A Irmã Ascensão dedicou grande parte dos seus dias à promoção humana da mulher e a outras iniciativas de carácter social, como o encaminhamento dos pobres. Também investiu muito na formação dos leigos.
Texto: P. Tony Neves - Jornal Voz Verdade - Perfil
Foto: DR
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