sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

LUCINDA ANTUNES DA ROCHA, GESTORA – MISSÃO EM NAMUTEQUELIUA - Conclusão

Finalmente, Moçambique

Partimos em Setembro de 2003 rumo a Moçambique. A viagem foi longa até ao Bairro de Namutequeliua, um bairro pobre perto do aeroporto de Nampula. Lá encontrou uma vida comunitária cristã muito activa, com diversos grupos de jovens e adultos.


O principal trabalho era o desenvolvimento de uma biblioteca comunitária, dada a necessidade extrema que se vive de falta de livros, espaço de estudo, acompanhamento escolar... Mas a Missão não morreu entre livros e outros papéis. Com a minha irmã, trabalhei na escolinha com crianças até aos 5 anos, que foi criada de raiz. E, claro está, investi muito na pastoral da Paróquia. Foi uma experiência fortíssima que a marcou para o resto da vida

Regressou a Portugal em Maio de 2004, convencida de que a Missão continua: ‘Hoje mantenho-me ligada às Irmãs, que continuam a enviar missionários para onde precisam, e a apoiar o grupo de Jovens Missionárias da AM’

O preço do regresso

Mas o regresso ao ritmo europeu custou muito à Lucinda. Teve de procurar novo emprego, luta que lhe levou dois anos a ganhar, pois só em 2006 conseguiu alguma estabilidade, quando conseguiu trabalho na empresa onde se mantém: ‘Foi um período difícil de algumas mudanças de trabalho e alguns períodos de desemprego, mas sentia-me confiante pois lembrava-me sempre das palavras do apóstolo: Deus concorre sempre para o bem daqueles que o amam. E, Deus não me deixou. Apesar das dificuldades, sempre tive coragem e a força do Espírito que me animava a procurar e a ter paciência para esperar’.

Casou em 2008 com o Zé, na Capela da Casa Provincial das Irmãs da Apresentação de Maria, em Palmela. Aguarda que a Clarinha veja a luz do dia em Janeiro. A sua vida continua a assentar nesta questão: ‘Deus pede a todos esta audácia e coragem, porque não ousar e ir mais além?!’.

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: DR

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