A Igreja é uma comunhão, uma fraternidade universal que se concretiza e realiza nas comunidades ou igrejas locais. O missionário é o elo privilegiado de ligação entre essas igrejas, é a ponte que as une, colocando-as em comunhão.
Na Igreja das origens, havia necessidade de carismas e ministérios, mas unidade de todos na mesma Missão: a unidade precedia a diversidade. Não havia clero de um lado e leigos do outro. Todos os que pertenciam à comunidade eram chamados “eleitos”, “santos” e sobretudo “irmãos”. A comunidade era formada como um todo, em pé de igualdade. Destes cristãos, alguns eram chamados para exercer determinados ministérios, uns ordenados (bispos, padres, diáconos) e outros não; mas todos em ordem à construção da comunhão do Corpo de Cristo e em resposta às necessidades da comunidade e do mundo.
Só mais tarde, quando os monges e o clero começaram a tomar todos os espaços do saber e do poder, é que os leigos começaram a ser remetidos para a rectaguarda. A cultura tornou-se privilégio do clero e dos monges. São os monges que começam a assumir o protagonismo da Missão – foram eles que evangelizaram a Europa no tempo dos bárbaros, depois serão as ordens religiosas e congregações que assumirão a responsabilidade da evangelização do novo mundo no tempo dos Descobrimentos. E os leigos acabaram por ficar apenas para ajudar: com vocações, esmolas, orações e sacrifícios.
Ora, o Concílio Vaticano II relançou de novo a teologia do laicado e a sua respectiva Missão. Ele abordou o problema dos leigos em todas as suas vertentes. Eis algumas das suas linhas de força a propósito do papel dos leigos na Missão:
A Igreja é todo o povo de Deus. Começa-se a fazer parte deste povo pelo Baptismo. É a todo este povo que é confiada a Missão de Cristo. Pelo baptismo, pode-se dizer, que todos são “leigos”. A Missão é confiada a todos igualmente, como se fosse um só abraço. Não se trata de uns a decidir e outros a ajudar. Todos são protagonistas da Missão.
Deste povo de Deus, alguns são chamados pelo sacramento da Ordem a exercer o ministério da animação, da presidência e da comunhão da comunidade e outros podem ser chamados à consagração religiosa ( os Religiosos ).
O leigo é definido não a partir da sua relação com o clero, mas a partir da sua relação com Cristo, onde todas as vocações têm a sua origem e é de mãos dadas que todos embarcam para a Missão da Igreja. Assim a Missão não é exclusivo, nem propriedade de ninguém: ela foi confiada a toda a Igreja. Cada um assume-a em conformidade com os dons e o ministério que recebeu do Espírito, mas em pé de igualdade. Nem uns têm mais obrigação que outros. A obrigação é igual para todos.
Os institutos missionários não são os protagonistas da Missão, mas apenas despertadores do povo de Deus para a Missão. D. Luís de Castro usa a seguinte imagem: imaginemos a Missão como um campo de futebol. Dantes, quem jogava eram os institutos missionários e o povo de Deus, nas bancadas, apoiava. Agora, segundo a doutrina conciliar, quem joga no campo é todo o povo de Deus; nas bancadas a incentivar e a animar estão os institutos missionários.
De facto, o espaço dos leigos na Missão é muito vasto: na catequese, na animação pastoral, na formação religiosa, no âmbito profissional, na educação, na saúde, na agricultura, na política, na inserção social, na promoção humana, na leitura das realidades terrestres, etc.
Na Igreja das origens, havia necessidade de carismas e ministérios, mas unidade de todos na mesma Missão: a unidade precedia a diversidade. Não havia clero de um lado e leigos do outro. Todos os que pertenciam à comunidade eram chamados “eleitos”, “santos” e sobretudo “irmãos”. A comunidade era formada como um todo, em pé de igualdade. Destes cristãos, alguns eram chamados para exercer determinados ministérios, uns ordenados (bispos, padres, diáconos) e outros não; mas todos em ordem à construção da comunhão do Corpo de Cristo e em resposta às necessidades da comunidade e do mundo.
Só mais tarde, quando os monges e o clero começaram a tomar todos os espaços do saber e do poder, é que os leigos começaram a ser remetidos para a rectaguarda. A cultura tornou-se privilégio do clero e dos monges. São os monges que começam a assumir o protagonismo da Missão – foram eles que evangelizaram a Europa no tempo dos bárbaros, depois serão as ordens religiosas e congregações que assumirão a responsabilidade da evangelização do novo mundo no tempo dos Descobrimentos. E os leigos acabaram por ficar apenas para ajudar: com vocações, esmolas, orações e sacrifícios.
Ora, o Concílio Vaticano II relançou de novo a teologia do laicado e a sua respectiva Missão. Ele abordou o problema dos leigos em todas as suas vertentes. Eis algumas das suas linhas de força a propósito do papel dos leigos na Missão:
A Igreja é todo o povo de Deus. Começa-se a fazer parte deste povo pelo Baptismo. É a todo este povo que é confiada a Missão de Cristo. Pelo baptismo, pode-se dizer, que todos são “leigos”. A Missão é confiada a todos igualmente, como se fosse um só abraço. Não se trata de uns a decidir e outros a ajudar. Todos são protagonistas da Missão.
Deste povo de Deus, alguns são chamados pelo sacramento da Ordem a exercer o ministério da animação, da presidência e da comunhão da comunidade e outros podem ser chamados à consagração religiosa ( os Religiosos ).
O leigo é definido não a partir da sua relação com o clero, mas a partir da sua relação com Cristo, onde todas as vocações têm a sua origem e é de mãos dadas que todos embarcam para a Missão da Igreja. Assim a Missão não é exclusivo, nem propriedade de ninguém: ela foi confiada a toda a Igreja. Cada um assume-a em conformidade com os dons e o ministério que recebeu do Espírito, mas em pé de igualdade. Nem uns têm mais obrigação que outros. A obrigação é igual para todos.
Os institutos missionários não são os protagonistas da Missão, mas apenas despertadores do povo de Deus para a Missão. D. Luís de Castro usa a seguinte imagem: imaginemos a Missão como um campo de futebol. Dantes, quem jogava eram os institutos missionários e o povo de Deus, nas bancadas, apoiava. Agora, segundo a doutrina conciliar, quem joga no campo é todo o povo de Deus; nas bancadas a incentivar e a animar estão os institutos missionários.
De facto, o espaço dos leigos na Missão é muito vasto: na catequese, na animação pastoral, na formação religiosa, no âmbito profissional, na educação, na saúde, na agricultura, na política, na inserção social, na promoção humana, na leitura das realidades terrestres, etc.
In "A Missão no Coração da Igreja"
Foto:JCF
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