Também nesta fase da história da Igreja, que se reconheceu pela sua natureza missionária, o carisma e o trabalho das Obras Missionárias Pontifícias não se esgotaram e não devem faltar. Ainda é urgente e necessária a missão de evangelizar a humanidade. A missão é um dever, ao qual é necessário corresponder: “Ai de mim, se eu não evangelizar!” (1 Cor. 9, 16). O Apóstolo Paulo, a quem a Igreja dedica um ano especial, na recordação dos dois mil anos do nascimento, compreendeu no caminho de Damasco e depois experimentou ao longo do sucessivo ministério que a redenção e a missão são actos de amor. É o amor de Cristo que o impele a percorrer os caminhos do império romano, a ser arauto, apóstolo e propagador do Evangelho (cf. 2 Tm 2, 1.11), e a fazer-se tudo para todos, a fim de salvar alguns a todo o custo (cf. 1 Cor 9, 22). “Quem anuncia o Evangelho participa na caridade de Cristo, que nos amou e se entregou por nós (cf. Ef 5, 2), é seu embaixador e súplica em nome de Cristo: deixai-vos reconciliar com Deus (cf. 2 Cor 5, 20)!” (Congregação para a Doutrina da Fé, Nota sobre alguns aspectos doutrinais da evangelização, n. 10). É o amor que nos deve impelir a anunciar com franqueza e coragem a todos os homens a verdade que salva (cf. Gaudium et spes, 28). Um amor que se deve irradiar em toda a parte e alcançar o coração de cada homem. Com efeito, os homens esperam Cristo.
As palavras de Jesus: “Ide, pois, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo quanto vos tenho mandado” (Mt28, 19- 20), ainda constituem um mandato missionário para a Igreja inteira e para cada fiel de Cristo. Este compromisso apostólico é um dever e também um direito irrenunciável, expressão própria da liberdade religiosa, que tem as suas correspondentes dimensões ético-sociais e ético-políticas (cf. Dignitatis humanae, 6). Às Obras Missionárias Pontifícias é pedido que façam da missião ad gentes o paradigma de toda a actividade pastoral. A elas, e de modo particular à União Missionária Pontifícia, cabe a tarefa de “promover, ou seja, de difundir cada vez mais no povo cristão o mistério da Igreja, isto é, um espírito missionário concreto” (Paulo VI, Graves et increscentes). Estou persuadido de que continuareis a comprometer-vos com todo o vosso entusiasmo, para que as vossas Igrejas locais assumam cada vez mais generosamente a parte de responsabilidade que lhes compete na missão universal.
A todos, a minha Bênção.
As palavras de Jesus: “Ide, pois, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo quanto vos tenho mandado” (Mt28, 19- 20), ainda constituem um mandato missionário para a Igreja inteira e para cada fiel de Cristo. Este compromisso apostólico é um dever e também um direito irrenunciável, expressão própria da liberdade religiosa, que tem as suas correspondentes dimensões ético-sociais e ético-políticas (cf. Dignitatis humanae, 6). Às Obras Missionárias Pontifícias é pedido que façam da missião ad gentes o paradigma de toda a actividade pastoral. A elas, e de modo particular à União Missionária Pontifícia, cabe a tarefa de “promover, ou seja, de difundir cada vez mais no povo cristão o mistério da Igreja, isto é, um espírito missionário concreto” (Paulo VI, Graves et increscentes). Estou persuadido de que continuareis a comprometer-vos com todo o vosso entusiasmo, para que as vossas Igrejas locais assumam cada vez mais generosamente a parte de responsabilidade que lhes compete na missão universal.
A todos, a minha Bênção.
Bento XVI
Maio de 2008
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