segunda-feira, 19 de maio de 2008

Da Missão à nova evangelização

Que Outubro seja o mês em que tradicionalmente se aprofunda o sentido da Missão da Igreja, resulta apenas de uma prática convencional lançada por Pio XI, o "Papa das Missões" (titulo que caberia também a Bento XV). Nesse tempo falava-se de "Missões" no plural, para designar a diversidade de tarefas ou "Obras" que integravam o serviço de evangelização e promoção do Reino de Deus, mediante "obreiros" missionários que partiam da sua cultura para espaços humanos de pouca presença cristã. Hoje afirmamos que poderá dar-se o caso de irem sobretudo como sinais da inter-comunhão eclesial, tornando-se dom da sua Igreja de origem a outras comunidades em que vão servir. Falamos por isso de "Missão ad extra" e de interculturalidade missionária.
Porém, ad extra ou ad intra, a Missão da Igreja é sempre a mesma. Pode variar a terminologia e a acentuação circunstancial de um ou mais dos elementos que a compõem. É hoje ponto assente que não basta fundamentar a Missão no mandato missionário de Mat.28; por aí, ficaríamos numa fundamentação jurídica da Missão. O Concilio colocou a fonte da Missão no amor auto-comunicante de Deus tri-uno. O seu conteúdo central identifica-se com Jesus Cristo, enviado, humanizado, profeta e Filho de Deus, morto e ressuscitado para levar a humanidade á comunhão de uns e outros e de todos com Deus. Além disso, a noção de Igreja como sacramento de Cristo leva-nos a entendê-Ia como continuadora da incarnação divina e da ressurreição que o Filho de Deus lançou na história dos homens.
Do Subsídio "A Missão no Coração da Igreja"

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