segunda-feira, 22 de novembro de 2010

P. CASIMIRO OLIVEIRA, ESPIRITANO, PROCURADOR DAS MISSÕES – A MISSÃO DE APOIAR OS MISSIONÁRIOS


Procurador das Missões, o P. Casimiro é um dos rostos mais visíveis da comunhão que se vive entre as Igrejas de Portugal e de Angola. Ali foi missionário em duas etapas. Estudou Missiologia em Roma. Foi Vigário Geral e Ecónomo da Diocese de Malanje. Foi Provincial de Portugal em tempos muito difíceis. A caminho dos oitenta, consegue acumular a Procuradoria, com o economato da Casa Provincial e uma intensa actividade pastoral fora de portas...

De Santa Maria da Feira a Angola

Nasceu nas terras de Santa Maria da Feira. Professou em 1952 e foi Ordenado Padre pelo Cardeal Cerejeira no Seminário dos Olivais.

Angola...como quase todos

Como boa parte dos jovens Espiritanos do seu tempo, partiu para Angola indo parar à terra dos diamantes. Viveu no Dundo oito anos: ‘foram os grandes anos da minha vida como missionário em contacto directo com o povo simples. Investimos muito na catequese e na escola’.

Do Dundo saltou para Malanje, para ser o Vigário-Geral e Ecónomo da Diocese que tinha como Bispo D. Pompeu Seabra. Lá trabalhou intensamente até 1974, primeiro com D. Pompeu e depois com D. André Muaca. Define o primeiro ‘como um homem simples, simpático e próximo dos seus missionários e catequistas que se sentiam sempre em casa quando vinham ao Paço a Malanje. Atingido por um doloroso cancro, deixou um testemunho de coragem e de fé na forma como enfrentou a doença. Faleceu em 1973’. De D. Muaca guarda a imagem de simpatia e bondade que o caracterizou sempre, mesmo depois de ser nomeado Arcebispo de Luanda.

De Roma a Provincial em Lisboa

Roma acolheu o P. Casimiro em 1974. Estudou Missiologia na Universidade Gregoriana. Depois, a missão continuou em Lisboa, sendo nomeado Superior da Comunidade na Estrela. Eleito Provincial, assumiu o cargo num tempo muito difícil, na hora em que regressaram de Angola cerca de 200 Espiritanos. Muitos sentiram-se escorraçados, outros chegaram traumatizados e havia que conversar com eles, apontar-lhes hipóteses de trabalho pastoral. Deste período conturbado, o P. Casimiro guarda sentimentos opostos: ‘foi muito difícil gerir uma Província onde não conhecia a maioria dos confrades e ajudar a integrar os muitos que chegaram de Angola. Devo confessar que foi o meu tempo de padre mais angustiante e menos realizador’.

(CONTINUA NO PRÓXIMO POST…)

Texto: Tony Neves in Jornal Voz Verdade - Missão

Foto: Dr

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