6. Alargar a rede da colaboração missionária, distribuindo as tarefas e valorizando os carismas de cada um. S.Paulo rodeia-se de uma rede de colaboradores, presbíteros, cristãos, mulheres e homens, empenhados no “trabalho do amor”(ITim 5, 17) a quem Paulo trata com elevada estima e entranhado afecto, como documenta por exemplo, o chamado “Capítulo das Saudações”, no final da Carta aos Romanos (Rom 16, 1-5) São cerca de trinta os nomes de pessoas que S.Paulo chama seus cooperadores, que trabalham com ele na obra do Senhor.
A missão é um dom partilhado
7. Privilegiar os grandes espaços por onde passa a vida das pessoas: os valores, os sistemas que integravam as suas vidas, como a cidade, a cultura, o trabalho, o quotidiano e os programas de cada um. S.Paulo pôs o evangelho a circular nas grandes correntes do pensamento e da cultura do seu tempo. Libertou o evangelho de uma cultura redutora para o abrir às grandes categorias culturais que marcavam a sociedade do seu tempo.
A história é a agenda da missão
8. Anunciar o Evangelho como quem anuncia uma boa notícia para a vida e o futuro das gentes, uma festa que as abre para a fraternidade e comunhão com toda a realidade envolvente. Para S.Paulo a missão era uma paixão-“Porventura não sois vós a nossa esperança, a nossa alegria, a nossa coroa de glória diante de Nosso Senhor Cristo no dia da sua vinda? Sim, vós sois a nossa alegria e a nossa glória”.
A alegria é a credencial da missão
9. Alargar a missão aos horizontes largos do Espírito Santo: procurar descobrir a largueza do Reino de Deus: nas culturas, nas religiões, nas tradições, nas esperanças. O discernimento dos caminhos do Espírito Santo é um dom que só na escuta, na leitura da história e na oração se pode conseguir Os Actos dos Apóstolos ensinam-nos que o Espírito Santo desce também sobre os pagãos e entra na sua casa.
A missão é partilha e diálogo
10. Servir-se de todas as técnicas de ponta ao serviço da missão, sem as confundir com a missão; esta não é conquista nossa, mas dom de Deus. As técnicas são apenas o frasco que canaliza o conteúdo. Não é o prestígio da linguagem ou da sabedoria humana que é capaz de ser porta-voz dos mistérios de Deus. A única escola da missão é a sabedoria de Jesus Cristo e este Crucificado. A nossa pregação só vale se não se apoiar nos argumentos decisivos da sabedoria humana mas se for uma demonstração do poder do Espírito Santo.
A missão é dom de Deus
(Continua no próximo Post...)
Texto: A. Torres Neiva
Foto: JCF
Sem comentários:
Enviar um comentário