Finalmente, Moçambique
Moçambique, finalmente, apareceu-lhe na linha do horizonte. Estávamos em 1989, em plena guerra civil: ‘Entre tantos outros missionários que partilharam a sorte do Povo, já lá tinha morrido uma nossa irmã em 1983. Por isso me perguntaram se aceitava ir. Não queria acreditar, considerava um Dom tão grande, que não merecia! Aceitei com alegria! E tinha razão! Hoje sou o que sou, pela graça de Deus, e pelo que o povo moçambicano me ensinou e fez de mim. Principalmente os soldados e as mamãs! Nunca lhes agradecerei o suficiente’.
Trabalhou até 1998 na Paróquia de Matacuane (Beira), confiada aos Jesuítas. A irmã Carmo fez um pouco de tudo: formadora, catequista, professora, assistente social, sempre nunca contexto de guerra que a marcou: ‘Vivi dois ataques muito fortes, num deles não ficámos ali, por Providência, a bazuka que abriu uma cratera de mais de
Com a chegada da paz, foi gratificante colaborar na reconstrução do país, sobretudo dos corações: os ‘cursos de paz’ ajudavam as pessoas a viverem juntas, reconciliarem-se.
Nampula acolheu-a em 1998, na direcção do Centro Catequético de Anchilo, uma referência nacional: ‘O Centro era considerado o Coração da Diocese. Todos os missionários, consagrados e leigos, sabiam ter ali um porto de abrigo em todos os aspectos. Depois, os novos que vinham, era ali que faziam o Curso de Inculturação’.Foi para a Escola de Nacala em 2001, regressando a Portugal em 2003. Resume: ‘Moçambique! Ali fui feliz!’.
Missão em Portugal
Após 18 anos de Missão fora de Portugal, o regresso não foi fácil. A Pastoral Juvenil Comboniana, a presença num bairro de imigrantes, Os Leigos Missionários Combonianos, os Animadores Missionários Ad Gentes, o trabalho voluntário no Centro Padre Alves Correia... são áreas de empenho da irmã Carmo
Texto: Pe. Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil
Foto: DR
1 comentário:
Sou uma das poucas privilegiadas que teve a oportunidade de conhecer e conviver com esta grande mulher (Irmã Carmo) no bairro de Matacuane na Beira. Com ela cresci física e espiritualmente.
Agradecia se pudesse enviar-me o contacto (telefone ou email) dela. Sou Jorgina Muananoua (jmuananoua@yahoo.com.br ). Cumprimentos
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