De Braga a Cabo Verde…
Regressou a Portugal em 1994. Fez a sua Profissão Perpétua e foi nomeada para Braga. Ao longo de dez anos, trabalhou e estudou. Fez o curso de Teologia na Universidade Católica. Quando o terminou, estava outra vez de malas feitas para regressar a Angola, mas seria enviada para Cabo Verde. Outra nova frente de Missão se abria na linha do seu horizonte de missionária sem fronteiras.
Chegou à grande Paróquia de Santa Catarina em 2004. Encontra um povo simples, com muita fé e grande vontade de crescer no conhecimento de Deus. Ali não tem mãos a medir, apostando na formação dos Catequistas, catequizandos, Leitores. Colaborou ainda na Formação de Catequistas noutras Paróquias da Ilha de Santiago, bem como na Formação Teológica das Noviças da Congregação ao longo dos dois anos de Noviciado.
Missão em Portugal
Quando tudo parecia correr de vento em popa, as Superioras pedem-lhe um trabalho para o qual nunca pensara ser convidada: Economato Provincial. Assim, regressa a Portugal em 2007, assumindo este cargo em 2008. A grande vantagem desta nova Missão é que está em contacto permanente com todas as Irmãs que estão na linha da frente. Sente-se Espiritana porque “a Irmã Missionária do Espírito Santo, procura responder na Fidelidade aos apelos do Senhor, por isso não escolhe, não pede, mas acolhe e vive a missão ao jeito de Jesus, o primeiro Missionário do Pai, nas pegadas de Eugenie e de Libermann”.
Mas não só de contas se faz o dia-a-dia desta Espiritana. Está empenhada na Pastoral da sua Paróquia (Cruz Quebrada), no Voluntariado Espiritano e na formação e acompanhamento de jovens. No próximo fim-de-semana, na Casa de Saúde do Telhal, vai falar da Oração e ‘pôr a rezar’ oito dezenas de Animadores dos Jovens Sem Fronteiras vindos de todo o país.
Ir onde ninguém quer…
Hoje, as Espiritanas estão presentes na Europa, América e África e preparam-se para, em breve, irem para a Ásia, abrindo uma Missão nas Filipinas. Parece um risco grande em tempo de crise, mas há que ousar porque como conta a Irmã Glória, “as Espiritanas têm sempre presente o objectivo de ir aos lugares onde ninguém ouviu falar de Jesus Cristo. Nas palavras do padre Libermann, somos chamadas/os a ser os ‘farrapeiros’ da Igreja, a ir onde mais ninguém quer ir”.
Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade – Perfil
Foto: JCF
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