Missão em Angola
Angola vivia tempos de guerra civil quando, em 1998, surgiu um convite para integrar as Forças de Observadores do Processo de Paz como Polícia Civil das Nações Unidas na Missão da ONU. Fez o Curso de Operações de Paz e lá partiu rumo ao sul de Angola (Ondjiva – Cunene), área marcada pela pobreza e pelos efeitos de uma devastadora guerra civil: ‘Ser integrado numa Equipa de 8 elementos de países tão diferentes como Mali, Zimbabué, Jordânia, Malásia, Índia, Bangladesh, Suécia e Portugal, dá para perceber a riqueza cultural, humana e linguística que daqui pode advir. Para não falar do ambiente familiar que conseguimos criar entre nós, como se de autênticos irmãos se tratasse’.
Como era o único português, servia de ponte com as autoridades, instituições e população civil. Acompanhava e fazia relatórios sobre a situação dos direitos humanos, visitava um Centro de Acolhimento para leprosos. Visitava a Missão Católica onde conheceu o Bispo da Diocese, D. Fernando Kevanu.
O J. Alberto realizou outra missão ao serviço da ONU, na República Democrática do Congo, em 2003 e 2004.
A paixão pela pastoral juvenil
De regresso à Agualva, coordenou a preparação de adultos para o Crisma, recebendo o convite do Pároco, em 2000, para coordenador do grupo de jovens, com cerca de 65 elementos. Para além dos momentos de formação e celebração, a aposta social e solidária tem sido forte: duas vezes por ano há recolha para p Banco Alimentar contra a Fome e, na 3ª quinta-feira de cada mês, faz-se um trabalho com os sem abrigo.
Integra os órgãos directivos do Centro Social e Paroquial de Agualva, com valências jardim-de-infância e ATL, convite que aceitou de alma e coração e com toda a disponibilidade quando se desligou do serviço profissional.
Conclui: ‘É assim o espírito de missão, o espírito de servir ‘…como Eu vos fiz a vós, fazei vós também uns aos outros...’:
A Missão não pára
O J. Alberto é casado, tem dois filhos e sente que a Missão lhe continua a correr nas veias. Confidencia: ‘Faz parte dos nossos planos, meu e da minha mulher, a muito curto prazo, a hipótese de nos dedicarmos a uma missão em África (São Tomé e Príncipe) mais propriamente no na ilha do Príncipe (Santo António) durante o mês em que ela tem férias, em Agosto, junto duma missão de Religiosas que prestam auxílio às populações’.
Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil
Foto: DR
Sem comentários:
Enviar um comentário