quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

‘NÃO PODIA FICAR PARADA!’ - ANDREIA, LEIGOS PARA O DESENVOLVIMENTO (Conclusão)

Shalom e Taizé

Assim pensou, assim fez, começando pela missão ao pé da porta. No Shalom, o seu empenhamento subiu de escalão: ‘E foi assim que me fui me empenhando cada vez mais no Shalom na organização e participação das mais diferentes actividades. Também fui animadora num encontro. Fui às Jornadas Mundiais da Juventude de Roma em 2000 e às de Colónia em 2005, e Taizé também marcou muito o meu percurso. Fez-me viver a diferença na fé que no fundo também já era um apelo à missão. Na paróquia também fui catequista durante 4 anos’ – uma já bem longa missão aqui.

Ao nível académico, apostou no Serviço Social e, já finalista, começou a formação dos Leigos para o Desenvolvimento: ‘Foram 9 meses de crescimento espiritual muito intenso e de criação de laços fortes com as pessoas da formação’. E estava prontinha a dar corpo a um sonho antigo. Partir em Missão lá fora.

Finalmente, Moçambique

Lichinga, no Niassa - Moçambique acolheu-a de braços abertos em Novembro de 2006. Foi tudo muito intenso, com rosas e espinhos à mistura, com dificuldades na vida de comunidade e nos trabalhos a concretizar. Mas foi bom demais: ‘Mudou-me o coração. Sou a mesma sim, mas de maneira diferente. Nunca mais poderei olhar o mundo e as pessoas da mesma forma. E estou mais viva que nunca. E nunca fui tão feliz. Mas daquelas felicidades que permanecem mesmo com as tristezas e as dores que a vida traz. Há sempre Luz, há sempre Esperança porque há sempre Deus’.

O trabalho foi intenso: ‘trabalhei em dois projectos distintos de órfãos: num orfanato de meninas das Irmãs Servas de Maria e com um grupo de Mamãs com fazia visitas a órfãos do nosso bairro. A minha pastoral era dar catequese na Cadeia Civil e também gostava de ajudar a Sara da minha comunidade nas visitas e comunhão aos doentes’.

A Missão continua

De regresso a Portugal, a Missão continua agora marcada pela experiência em Moçambique: O que mais marca são sempre as pessoas a quem nos ligamos profundamente, ultrapassando as barreiras da língua, da cultura, da cor, das vivências. Quando há Amor, tudo o resto cai por terra’.

A Missão continua aqui em Portugal.

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil
Foto: DR

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