quarta-feira, 1 de julho de 2009

INÊS SOUTA, DA PORTELA A CABO FRIO E AO CHINGUAR - GANHAR NOVOS HORIZONTES - Conclusão


No coração sofrido de Angola

Engenheira Física de fresco, logo conseguiu um emprego muito bom que parecia impedir-lhe alimentar o sonho de voltar a partir. Por isso, deixou-se despedir para, em Agosto de 2008, fazer a segunda ‘Ponte’, desta vez em Angola. O Chinguar, a meio caminho entre as duas cidades mais arrasadas pela guerra (Huambo e Kuito) foi o coração deste projecto missionário.

Lá viveu uma experiência muito forte ao partilhar o dia a dia com pessoas a quem a guerra marcou para sempre. Pôde também semear a sua fé e a sua alegria com as crianças e jovens que marcaram um presença feliz durante todo o mês. Ensinou matemática e informática. Participou nas visitas às comunidades do interior onde havia encontros de formação com os líderes das comunidades, os jovens e as crianças. Visitou um bom número de Missões nas Dioceses do Huambo e do Kuito. Sentiu a alegria que vai na alma daquele povo em Paz, através da festa com que celebram a Eucaristia e acolhem, ao som do batuque, quem chega com o estatuto de visita.

Escreveu: ‘Nem sempre as palavras são fiéis ao que os olhos viram e ao que o coração sentiu. Em Angola fomos acolhidos de braços abertos por um povo que nos recebeu sempre com um sorriso na cara e com vozes alegres, por missionários que nos deram dos mais bonitos testemunhos de vida, por rostos e por mãos que ficarão para sempre gravados na memória. Um mês sabe a pouco, mas é o suficiente para o coração ganhar novos horizontes’.

A Missão agora é aqui

Regressou a Lisboa, voltou a trabalhar na área da sua formação académica e manteve todo o empenho pastoral na Paróquia e nos JSF. Vimo-la e ouvimo-la partilhar com muito brilho nos olhos esta experiência de Missão. Primeiro, na TVI, em directo de Fátima, por ocasião do Congresso Missionário; depois na RTP 2 no programa ‘Ecclesia’; mais tarde, a RTP África convidou-a para comentar o Encontro de Bento XVI com os jovens em Luanda... Ela, sempre a sorrir, sempre serena, sempre a pesar as palavras com que tentava transmitir o que lhe ia no coração.

A Missão não pára. Continua na Coordenação Regional dos JSF Sul, mantém-se muito activa na Paróquia e seu grupo. E podemos encontrá-la em qualquer outra Comunidade onde há um grupo JSF ou quando um Pároco convida para partilhar a Missão e despertar para esta urgência de partir quando Deus chama e envia.

Texto: Tony Neves - Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: DR

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