A crise e os pobres
A crise afecta sempre mais, e em primeiro lugar, os mais frágeis. Reconhece o P. Mário: ‘O mais preocupante está a ser que, alguns dos que estavam com os seus “papéis” em dia e empregados, e a quem já há muito não víamos, estão de novo a bater-nos à porta porque, desempregados, voltaram a cair na ilegalidade. É o círculo tramado que esta gente tem de suportar: sem “papéis” não há trabalho e sem trabalho não há “papéis” É mesmo difícil ser imigrante! E, em alturas de crise e de taxa de desemprego elevadas, imaginem a pressão diária de quem nesta instituição trabalha’.
Ajudar a (re)construir vidas
Conclui o P. Mário: “Neste momento, o CEPAC apoia 367 famílias, num total de 1362 pessoas. É muita gente e é, de certeza, demasiada gente para o espaço que temos e para as pessoas que aqui trabalham. Pense-se que, diariamente, uma média de 75 – 80 pessoas vem até nós. Todas elas exigem um atendimento individual, seja para levar alimentos, roupa, medicamentos, vir ao médico, ao advogado, ou serem atendidos por um técnico”.
As opções de Cristo
Optar pelos mais excluídos da sociedade torna-se, por vezes, missão de algum risco, tarefa nada fácil’: “É difícil trabalhar no CEPAC! Sobretudo, é difícil gerir as frustrações que nos invadem, pela impossibilidade de podermos ajudar, como desejaríamos e gostaríamos. Falo-vos destas histórias de vida, como vos poderia falar da história de algumas centenas, para não dizer milhares, de vidas que, neste últimos anos me têm passado pelas mãos”.
Mas as dificuldades não o demovem de levar por diante esta missão. Até porque Cristo pede que olhemos pelos seus pequeninos. Quando os pobres estão no nosso coração, nós estamos no coração de Deus. Mário Silva deixa uma mensagem final: Convido todos os leitores que queiram conhecer, ainda melhor, o CEPAC e o seu investimento na formação a consultarem o nosso sítio na internet www.cepac.pt’.
Fim do Post
Texto: Tony Neves - Jornal Voz Verdade - Perfil
Foto: JCF
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