quinta-feira, 30 de setembro de 2010

JORNADAS MISSIONÁRIAS 2010 - CONCLUSÕES


Marcados pelo dinamismo do Ano Sacerdotal, a recente visita do Papa Bento XVI a Portugal e pela publicação da Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa “Para um rosto missionário da Igreja em Portugal”, reuniram-se, em Fátima, entre os dias 17 a 19 Setembro, aproximadamente 450 pessoas, oriundas de quase todas as dioceses, institutos missionários e movimentos de Portugal, para celebrar as Jornadas Missionárias e aprofundar o tema: Espírito Santo e Missão.

O Espírito Santo é o primeiro agente da Missão. É Ele que dinamiza a comunhão entre Deus e a humanidade, entre o evangelizador e o evangelizado. O Espírito assegura a continuidade da Missão do Pai, que envia o seu Filho, e de Jesus, que envia os seus discípulos. A História está cheia de exemplos que manifestam a acção do Espírito: o dinamismo missionário da Igreja nascente, o testemunho dos mártires e dos consagrados, os diversos movimentos evangelizadores ao longo da história. O tempo presente está grávido de sinais da acção do Espírito. Destes, destacamos, em Portugal, a Missão 2010 no Porto e o voluntariado missionário. No mundo, realçamos a preocupação da ONU pelo apoio à cooperação e a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, em 2015.

S. Lucas apresenta-nos a missão como uma necessidade teológica ao lado das afirmações centrais da fé: Cristo tinha de sofrer, ressuscitar e ser anunciado a todos os povos (Lc 24,44-47). Os discípulos são enviados (“Ide”) a ir ao encontro das pessoas (Lc 10,3) e não a esperar passivamente que elas venham ter com eles. A Igreja, com o seu testemunho evangélico, é como uma luz que brilha para os que estão fora e os leva a entrar (Lc 8,16). Maria e Paulo são, para Lucas, os dois ícones de evangelizadores que anunciam livre e jubilosamente a boa nova de Jesus.

O sujeito da Missão é a Igreja local. O bispo, os párocos, os consagrados e os leigos devem ser os grandes promotores da dimensão missionária da Igreja. As preocupações com a pastoral e a diminuição dos sacerdotes dificultam a comunhão e a abertura à Missão ad gentes. Há o perigo de se esquecer que a Igreja é, por essência e vocação, missionária. Por isso, a Igreja local deve criar dinamismos internos e formativos que manifestem melhor a sua natureza missionária.

Por isso, nós, participantes nestas Jornadas Missionárias, decidimos:

1. Agradecer à Conferência Episcopal a publicação da Carta Pastoral “Para um rosto missionário da Igreja em Portugal”, em Junho de 2010, no seguimento do que foi pedido pelo Congresso Missionário de 2008;

2. Saudar a iniciativa do caminho sinodal “Repensar juntos a Pastoral da Igreja em Portugal ” e sugerir que se tenha em consideração a carta pastoral sobre a Missão;

3. Pedir às Dioceses e Paróquias que promovam as estruturas dinamizadoras da Missão, previstas na carta pastoral: Centros Missionários Diocesanos e Grupos Missionários Paroquiais;

4. Fomentar, na Igreja, iniciativas de formação que levem à experiência do encontro com Cristo vivo e formem discípulos fiéis e missionários apaixonados.

5. Promover, junto dos seminaristas e dos sacerdotes diocesanos, formação e experiências missionárias em Igrejas irmãs de outros países. Incentivar os Institutos Missionários e as Obras Missionárias Pontifícias a facilitar estas experiências e a formação missionária ad gentes.

6. Animar os institutos missionários a integrarem-se na dinâmica pastoral da Igreja local, com a riqueza dos seus carismas, procurando metodologias de acção renovadas.

7. Estimular a alegria e a generosidade dos leigos, especialmente dos jovens, que todos os anos, e cada vez em maior número, doam um pouco da sua vida ao mundo missionário.

8. Apoiar a iniciativa da Rede Fé e Desenvolvimento, coordenada pela FEC, em promover a oração e o acompanhamento da Cimeira da ONU sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, de 20 a 22 de Setembro de 2010, em Nova Iorque.

As próximas Jornadas Missionárias acontecerão, em Fátima, nos dias 16, 17 e 18 de Setembro de 2011.

Os participantes

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Conclusão - D. ANACLETO OLIVEIRA - A Missão continua…em Viana do Castelo

O Sínodo da Palavra

A sua paixão pela Palavra levou a Conferência Episcopal Portuguesa a nomeá-lo delegado ao Sínodo dos Bispos de 2008 sobre “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”. Vale a pena recordar algumas orientações saídas na Mensagem Final que fala da Voz da Palavra (a Revelação), do Rosto da Palavra (Jesus Cristo), da Casa da Palavra ( a Igreja) e dos Caminhos da Palavra (a Missão). Diz a Mensagem: ‘A Bíblia deve entrar nas Famílias para que pais e filhos a leiam, com ela rezem e para que ela seja para eles uma tocha para os seus passos, no caminho da existência’. Mais à frente diz: ‘A Bíblia apresenta-nos também o sopro de dor que sai da terra, sai ao encontro do grito dos oprimidos e do lamento dos infelizes’.

Pastor em Viana

Entrou em Viana do Castelo a 15 de Agosto, solenidade da Assunção de Nossa Senhora. A sua intervenção coloca-o, com humildade, no lugar de quem chega para conhecer, caminhar e servir o povo de Deus nas comunidades do Alto Minho. Disse: ‘Que esse amor ganhe expressões concretas, dentro e fora das nossas comunidades cristãs, nomeadamente em relação a tantos carenciados e bens materiais e espirituais, entre os quais destaco, pela sua actualidade, os que têm estado a braços com os incêndios que têm assolado terras da nossa Diocese e fora dela’.

Terminou assim: ‘Mas lembremo-nos de que esse amor só é possível ou, pelo menos, é muito mais possível, se todos nos entregarmos inteiramente nas mãos de Deus, deixando-nos encantar e conquistar pela sua misericórdia de Pai, para que Ele, em nós, continue a fazer maravilhas. Confiemo-nos a Ele, com estas palavras do Salmo 130/131 que Ele próprio coloca nos meus lábios:

“Senhor, não se eleva soberbo o meu coração, nem se levantam altivos os meus olhos. Não ambiciono grandezas nem coisas superiores a mim. Antes fico sossegado e tranquilo como criança ao colo da mãe. Espera, Israel, no Senhor, agora e para sempre.” Espera, Igreja de Viana, no Senhor, agora e para sempre! Amen.

A paixão pela Palavra

Em Viana do Castelo, D. Anacleto vai continuar a mostrar a sua paixão pela Palavra e a propor o desafio da Mensagem Final do Sínodo dos Bispos em que interveio: ‘Queridos irmãos e irmãs, custodiai a Bíblia em vossas casas, lede-a, aprofundai e compreendei plenamente as suas páginas, transformai-a em oração e testemunho de vida, escutai-a com amor e fé na liturgia. Criai silêncio para escutar com eficácia a Palavra do Senhor e conservai-a em silêncio depois da escuta, porque ela continuará habitando, vivendo, falando-vos. Fazei que ela ressoe no começo do vosso dia, para que Deus tenha sempre a primeira palavra e deixai-a ressoar em vós à noite, para que a última palavra seja de Deus’.

Que a força do Espírito não falte a D. Anacleto para levar por diante esta nova Missão por terras do Alto Minho.

Texto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil

Foto: JCF

terça-feira, 14 de setembro de 2010

D. ANACLETO OLIVEIRA – A MISSÃO CONTINUA--- EM VIANA DO CASTELO

Leiria, Roma, Munster, Coimbra, Fátima, Lisboa e Viana são as cidades da sua vida académica e pastoral.

Com a Palavra de Deus no coração, D. Anacleto dedicou-se ao ensino, à administração (Santuário de Fátima e Instituto Superior de Estudos Teológicos de Coimbra) até ser nomeado Bispo Auxiliar de Lisboa. Entrou na Diocese de Viana do Castelo a 15 de Agosto para ser o Pastor da Igreja que vive a caminha por terras do Alto Minho

Missão em Lisboa

Chegou a Lisboa quando a Diocese vivia com intensidade o Congresso Internacional para a Nova Evangelização (ICNE). Entre outras responsabilidades, D. José Policarpo pediu a D. Anacleto que acompanhasse o Departamento de Animação Missionária do Patriarcado de Lisboa. Sempre participava nas reuniões e iniciativas com simpatia e incentivava a mais e melhor Missão alicerçada na Palavra de Deus.

O Ano Paulino

O Ano Paulino fez de D. Anacleto uma figura chave da sua vivência em Portugal. Os Bispos pediram-lhe que elaborasse um conjunto de Catequeses para pôr os cristãos de todo o país a reflectir e a fazer Missão com S. Paulo e como S. Paulo. ‘Um Ano a caminhar com S. Paulo’ é uma obra que chegou a todo o país e ao espaço lusófono africano, tornando-se hoje numa referência obrigatória para quem quer conhecer a vida, a obra e a missão do maior missionário da história da Igreja.

Texto e Foto: Tony Neves iN Jornal Voz Verdade - Perfil